quarta-feira, 27 de março de 2019
HEATHer O'Rourke
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Heather O'Rourke
Atriz americana
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Heather O'Rourke

Heather O'Rourke em cena do filme Poltergeist, de 1982.
Nome completo Heather Michelle O'Rourke
Nascimento 27 de dezembro de 1975
San Diego, California, Estados Unidos
Morte 1 de fevereiro de 1988 (12 anos)
San Diego, California, Estados Unidos
Ocupação Atriz
IMDb: (inglês)
Heather Michele O'Rourke (San Diego, 27 de dezembro de 1975 — San Diego, 1 de fevereiro de 1988) foi uma atriz mirim americana, conhecida pelo papel de Carol Anne Freeling na trilogia dos filmes "Poltergeist".
Biografia
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Filha de Kathleen O'rourke e Michael O'rourke, Heather O'Rourke começou sua carreira aos 5 anos de idade. Fez participações em diversas séries de tv incluindo "Happy Days", e também em diversos comerciais do McDonald's, mas ficou conhecida mundialmente pelo filme "Poltergeist - O Fenômeno" onde atuou nas três sequências do filme. Heather também tinha uma irmã, Tammy O'rourke, que também era atriz.
Morte
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Heather O'Rourke faleceu no Hospital Infantil de San Diego pouco depois do lançamento do terceiro filme da série Poltergeist, em 01 de Fevereiro de 1988, aos 12 anos.
Heather já sofria de problemas de saúde quando estava filmando "Poltergeist III - O Capítulo Final", que foi o último filme da série. Ela adoeceu de forma trágica alguns dias antes de morrer. Numa manhã ela estava se arrumando para ir ao hospital, mas ela caiu inconsciente. Seu padrasto então chamou os médicos e Heather foi levada para o hospital em estado grave. Ela morreu na mesa de operações às 14h33m. Os médicos não conseguiram identificar o motivo da doença a tempo de salvar a jovem garota. Somente depois de Heather estar falecida foi descoberto que a doença se tratava de um bloqueio intestinal. Uma cirurgia teria resolvido o problema e salvado a vida da promissora atriz.
A confusão fatal se deu por causa de um erro médico anterior. No início de 1987, Heather havia sido diagnosticada equivocadamente como sendo vítima da Doença de Crohn e esteve, assim, recebendo tratamento por cerca de um ano para controlar uma doença crônica e incurável que, na realidade, ela nunca teve. A autópsia viria a revelar que a causa da obstrução que lhe tirou a vida era uma estenose congênita, algo que seria extremamente mais simples de se tratar e curar se comparado à Doença de Crohn,que costuma perdurar por toda a vida do paciente. A cirurgia de emergência, que buscava amenizar as consequências de uma doença que nunca existiu em Heather, foi feita sob o impacto da obstrução intestinal, o que acabou por provocar-lhe um Choque séptico fatal. Pois muitos acham que ela morreu por algo mais além do normal.
Sepultada no Westwood Village Memorial Park Cemetery.
Ligações externas
Última modificação há 11 meses por um utilizador anónimo
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filme de 1988 dirigido por Gary Sherman
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Ratimbum
“A música ‘parabéns pra você’ que costumamos cantar nos aniversários é do diabo e carrega nela uma maldição. A palavra ‘ratimbum’ significa que você está maldiçoando a pessoa. ” Essa é uma afirmação que tem circulado no meio evangélico e que tem feito muitas igrejas proibirem seus membros de cantar o famoso “parabéns pra você” em suas festas de aniversários. Mas será que essa música popular carrega em si palavras de maldição?
Abaixo transcrevo o conteúdo de um e-mail [aparentemente escrito por um cristão evangélico] que tem circulado na Internet e que fala sobre esse assunto. O e-mail é de autoria não identificada:
“RATIMBUM é uma palavra mágica usada pelos magos persas desde a Idade Média. Por muito tempo cantamos inocentemente um “parabéns” para alguém que está aniversariando e, até ai, tudo bem, tudo certo. É um aniversário. O que muitos não percebem é que depois da música vem sempre o tal de Ra-tim-bum! (este é o significado: eu amaldiçôo você). Existiu até certo tempo um programa infantil chamado de Castelo Ratimbum, que tem o significado de “Castelo da Maldição”. Precisamos vigiar mais, pois a Bíblia diz que o povo de Deus perece por falta de conhecimento. Como podemos cantar felicitando uma pessoa e depois amaldiçoá-la? Observe que detalhe sutil: depois de dizer a palavra Ratimbum, pronuncia-se o nome do aniversariante várias vezes. Vamos ficar muito atentos para isto. Se não vejamos: quantas vezes você já cantou para as pessoas: ” É BIG É BIG (é grande, é grande), É hora é hora (neste momento, nesta ocasião): RA-TIM-BUM (Eu amaldiçôo você), Fulano, Fulano, Fulano”.
terça-feira, 26 de março de 2019
linhas

Esquerda na Umbanda
Os nomes de Exu
maio 07, 2017
O Exu Orixá tem muitos nomes, dependendo da função que desempenha. Alguns dos mais comuns, e que são de conhecimento mais amplo são: Esu, Bara, Ibarabo (que deu origem a Exu Marabô), Legbá. Elegbara, Eleggua, Akéssan, Igèlú, Yangí, Ònan, Lállú (que deu origem ao Exu de mesmo nome na Umbanda), Ijèlú. Como este é um culto típico do Candomblé- nas mais diversas nações- reservamos-nos o direito de apresentar os nomes apenas a título de curiosidade.
Já os Exus de Umbanda possuem nomes mais distintos. Existem registros históricos-religiosos documentado as seguintes entidades:
Exu Arranca Toco
Exu Asa Negra
Exu Bará
Exu Belzebu
Exu Brasa
Exu Brasinha
Exu Calunga
Exu Calunguinha
Exu Capa Preta
Exu Capa Preta da Encruzilhada
Exu Capa Preta das Almas
Exu Capa Preta das 7 Encruzilhadas
Exu Capoeira
Exu Carranca
Exu Carangola
Exu Cascavel
Exu Catacumba
Exu Caveira
Exu do Cemitério
Exu Corta-corta
Exu Cobra
Exu Corcunda
Exu Corrente
Exu Curador
Exu Desmancha Tudo
Exu Destranca Rua
Exu Duas Cabeças
Exu do Fogo
Exu Mangueira
Exu Maré
Exu Facada
Exu Ganga
Exu Gargalhada
Exu Gato Preto
Exu Gira Mundo
Exu João Caveira
Exu da Campina
Exu da Morte
Exu do Lodo
Exu do Tronco
Exu Lalu
Exu Lorde da Morte
Exu Lúcifer
Exu Malê
Exu Mangueira
Exu Marabá
Exu Marabô
Exu Marabô Toquinho
Exu Maré
Exu Matança
Exu das Matas
Exu Meia Noite
Exu Morcego
Exu Mulambo
Exu Pagão
Exu Pedra Preta
Exu Pemba
Exu Pimenta
Exu Pinga-fogo
Exu Pirata do Mar
Exu Poeira
Exu Ponto Maioral
Exu Porteira
Exu Quebra-barranco
Exu Quebra Galho
Exu Quirombô
Exu Rei
Exu Rei das 7 Encruzilhadas
Exu Rei das Trevas
Exu do Rio
Exu Serapião
Exu Sete Brasas
Exu Sete Buracos
Exu Sete Caminhos
Exu Sete Campas
Exu Sete Catacumbas
Exu Sete Caveiras
Exu Sete Corvas
Exu Sete Cruzes
Exu Sete Encruzilhadas
Exu Sete Estradas
Exu Sete Facadas
Exu Sete Garfos
Exu Sete da Lira
Exu Sete Montanhas
Exu Sete Pedras
Exu Sete Poeiras
Exu Sete Portas
Exu Sete Porteiras
Exu Sete Queimadas
Exu Sete Sombras
Exu Tatá Caveira
Exu Tiriri
Exu Tira-teima
Exu Toco-preto
Exu Toquinho
Exu Tranca-gira
Exu Tranca-rua
Exu Tranca-rua das Almas
Exu Tranca-rua de Embaré
Exu Tranca-rua das 7 Encruzilhadas
Exu Tranca-rua da Encruzilhada
Exu Tranca-rua das Matas
Exu Tranca-rua do Mar
Exu Tranca Tudo
Exu Tronqueira
Exu Veludinho
Exu Veludo
Exu Veludo da Encruzilhada
Exu Veludo da Mata
Exu Veludo das Almas
Exu Veludo das Sete Encruzilhadas
Exu dos Ventos
Exu Ventania
Exu Vira-mundo
Na lista de nomes, alguns deles aparecem em destaque. Isso porque são de Exus que podem se apresentar sob regência de diversos elementos e, para isso, acrescentam ao seu nome original um título: das Almas, da Encruzilhada, das Sete Encruzilhadas, das Matas, do Mar, de Embaré (embaré, em tupi antigo, significa "águas que curam"). Em geral, somente Exus muito evoluídos e que, de alguma forma, respondem diretamente a Orixás ou ao próprio Exu Orixá, dispõe desse tipo de classificação. Eles são os arquétipos dos mensageiros: o nome que acrescentam ao seu título está relacionado a sua regência:
• Das Almas- Regência de Omolu ou Nanã, tem a ver com cemitério, morte (tanto no sentido físico como no sentido figurativo de recomeço e renovação), saúde etc.
• Das Sete Encruzilhadas- Regências de Ogum, Oxóssi ou Exu Orixá, relaciona-se com demandas, caminhos, metas e objetivos profissionais e materiais.
• Das Matas- Regência de Ossaim e Oxóssi, tem a ver com prosperidade, fartura, trabalho.
• Do Mar ou da Calunga- Regências de Oxum e Yemanjá- embora um Exu ser regido por um Orixá feminino seja mais raro, não é impossível- relaciona-se com família, espiritualidade, fertilidade, criatividade.
• De Embaré- Regências de Oxalá e, embora o significado da palavra tenha a ver com " águas que curam" no tupi antigo, relaciona-se com Exus Mirins.


Comentários

cristina3 de maio de 2018 07:23
Amei as informações
RESPONDER

Fernando Cesar17 de junho de 2018 14:53
Boa noite tem.nomes de.muitos. mas tem Exu 7 charutos.
Pode falar sobre ele ?
Obrigado
RESPONDER

Jura Hadmad4 de setembro de 2018 17:58
muito bom
RESPONDER

Unknown20 de outubro de 2018 12:14
Por favor estou a procura da imagem do Exu Desamarra. E tbm informacoes sobre ele.
RESPONDER

Hélio Doganelli Filho10 de fevereiro de 2019 14:54
Boa noite, sou escultor e e fabricante de imagens. Pode me chamar pelo email universodarte@gmail.com ou pelo whatsapp 11-96868-8242

Unknown5 de novembro de 2018 18:54
Existe exu bate cansela
RESPONDER

Unknown15 de fevereiro de 2019 15:46
LEIA SOZINHO porque no passado eu também não acreditava que ia dar certo, mas… funciona mesmo!!! Entrei neste site e fiz esta prece. Fiz para ver se ia dar certo e deu, assim que acabei meu amor ligou. A pessoa que eu copiei também não acreditava mas para ela também funcionou! AGORA VEREMOS…
Diga para você mesmo o nome do único rapaz ou moça com quem você gostaria de estar (três vezes)…
Pense em algo que queira realizar na próxima semana e repita para você mesmo (seis vezes).
Se você tem um desejo, repita-o para você mesmo (Venha cá ANJO DE LUZ eu te INVOCO para que Desenterre sempre JR de onde estiver ou com quem estiver e faça ele ME telefonar sempre Apaixonado e Arrependido, desenterre tudo que esta impedindo que JR venha para MIM , afaste todas aquelas que tem contribuído para o nosso afastamento e que ele JR não pense, nem olhe mais para outras… mas somente para MIM. Que ele ME telefone e ME AME. Agradeço por este seu misterioso poder que sempre dá certo. Amém…).
Publique esta simpatia por três vezes , basta copiar e colar por três vezes em um forum diferente esta simpatia abaixo e logo em 48hs você terá uma linda surpresa, beijos Ainda esta noite de madrugada o TEU amor dará conta de que TE ama, algo assim acontecerá entre 1 e 4 horas da manhã esteja preparada para o maior choque de sua vida
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As mais conhecidas e que já tiveram suas manifestações historicamente registradas são:Pombagira Cacurucaia
Pombagira Cigana (Nome da Cigana)
Pombagira da Calunga
Pombagira da Figueira
Pombagira da Lira
Pombagira da Meia-Noite
Pombagira da Praia
Pombagira Dama da Noite
Pombagira Dama das Sete Capas
Pombagira das Sete Liras
Pombagira das Almas
Pombagira das Lagoas
Pombagira das Rosas
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OS 10 EXUS MAIS PODEROSOS DO MUNDO

EXUS MAIS PODEROSOS DO MUNDO. dizem que é por causa de Exu.
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” Não concordo com isto, porque na Bíblia, quando começou os conflitos e brigas entre os que construíram a Torre de Babel, DEUS, interviu, fazendo com que, cada um falasse linguagem diferentes, causando então o bloqueio da construção e por fim, cada grupo, que falava a mesma língua se reuniram e foram viver em outros lugares.
Como nos cultos, de Olorúm era Exu que alegrava as festas, mas como recebeu a missão de começar a trabalhar em primeiro lugar e não poder mais fazer os cantos , então, houve a necessidade de dar a missão de alegrar as festas para “os Ogans” (tocadores de tambores).
OS Exus são espíritos mais evoluídos, do pensam certas pessoas que usam do nome “Dele” para atingir objetivos maléficos, na realidade estão usando espíritos atrasados, eguns ou até mesmo Exu Pagão.
O verdadeiro Exu e suas falanges, pegam esses espíritos (ou os chamados Exus Pagãos), não evoluídos e levam para suas falanges, para trabalharem as visões e mentes deles para que vejam que precisam ter a sua própria evolução.
Os chamados Exu Batizado, foi uma alma humana, que, já mais doutrinada para o bem, evoluindo, trabalhando, dentro do reino da Quimbanda, Umbanda e Candomblé, podendo auxiliar e ajudar as pessoas e espíritos para evoluírem..
Exú Sete EncruzilhadasComando negativo da linha Exú Sete Chaves Comandado de Ogum EXú SETE CAPAS Comandado de Oxossi Exú Sete Poeiras Comandado de Xangô Exú Sete Cruzes Comandado de Yorimá Exú Sete Ventanias Comandado de Yori Exú Sete Pembas Comandado de Yemanjá
Pombo Gira Rainha Comando negativo da linha Exú Sete Nanguê Comandado de para Ogum Maria Mulambo Comandado de Oxossi Exú Sete Carangola Comandado de Xangô Exú Maria Padilha Comandado de Yorimá Exú Má-canjira Comandado deYori Exú Maré Comandado de Oxalá
Exú Tiriri Comando negativo da linha Exú Toquimho Comando de Ogum Exú Mirim Comando de Oxossi Exú Lalu Comando de Xangô Exú Ganga Comando de Yorimá Exú Veludinho Comando de Oxalá Exú Manguinho Comando de Yemanjá
Exú Gira Mundo Comando negativo da linha Exú Meia-Noite Comando de Ogum Exú Mangueira Comando de Oxossi Exú Pedreira Comando de Oxalá Exú Ventania Comando de Yorimá Exú Corcunda Comando de Yori Exú Calunga Comando deYemanjá
Exú Tranca-Ruas Comando negativo da linha Exú Tira-teimas Comando de Oxalá Exú Veludo Comando de Oxossi Exú Tranca-gira Comando deXangô Exú Porteira Comando de Yorimá Exú Limpa-trilhos Comando de Yori Exú Arranca-toco Comando de Yemanjá
Exú Marabô Comando negativo da linha Exú Pemba Comando de Ogum Exú da Campina Comando de Oxalá Exú Capa Preta Comando de Xangô Exú das Matas Comando de Yorimá Exú Lonan Comando de Yori Exú Bauru Comando de Yemanjá
Exú Caveira Comando negativo da linha Exú do Lodo Comando de Ogum Exú Brasa Comando de Oxossi Exú Come-fogo Comando de Xangô Exú Pinga-fogo Comando de Oxalá Exú Bára Comando de Yori Exú Alebá Comando de Yemanjá Relações Existentes Entre as Linhas
Linhas da Umbanda Linhas da Quimbanda Linha de Oxalá Linha Malei Linha de Ogum Linha do Cemitério Linha de Oxossi Linha dos Caboclos da Quimbanda Linha de Xangô Linha de Mossorubi Linha de Yorimá Linha das Almas Linha de Ibêji Linha Mista Linha de Yemanjá Linha Nagô
Ogum de Malei Linha Malei Ogum Megê Linha do Cemitério Ogum Rompe Mato Linha dos Caboclos Quimbandeiros
Linha de Mossorubi Ogum Megê Linha da Almas Ogum Xoroquê Linha Mista Ogum de Nagô Linha Nagô
Símbolo: machado de duas faces e estrela de 6 pontas COR: marrom AMALÁ: 7 velas marrons e 7 velas brancas, cerveja preta, camarão, quiabo, fitas marrom.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico Exú Bárà: o senhor do corpo Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos Exú Ol’Obé: o senhor da Faca Exú El’Ébo:
o Senhor das oferendas Exú Alàfìá: o Senhor da satisfação material Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.
Exú Sìjídì: comando de Omolú, Nanã, etc Exú Langìrí : comando de Osogiyan Exú Álè: comando de Omolú Exú Àlákètú comando de Oxóssi Exú Òrò:
comando de Odé, Logun Exú Tòpá/Eruè comando de Ossayin Exú Aríjídì: comando de Oxun Exú Asanà: comando de Oxun Exú L’Okè: comando de Obá Exú Ijedé: comando de Logun Exú Jinà:
comando de Oxumarè Exú Íjenà: comando de Ewá Exú Jeresú: comando de Obaluaiye Exú Irokô;
Òkòtó representa o crescimento Agbárá é poder que permite a cada um se movimentar e desenvolver suas funções e seus destinos e recebe o título de Elegbára (senhor do poder).
Exú Àgbá : pai-ancestre (representação coletiva de todos os Exús individuais) Exú Obá : rei-de-todos Exú Alakétu: rei do povo Kétu – Exú Elebo : senhor-das-oferendas Exú Ojìse-ebo :
encarregado e transportador de oferendas Exú Elérú : senhor do erú (carrego) Exú Olòbe : proprietário e senhor da faca Exú Enú-gbárijo : o que transmite as mensagens Exú Bara : o rei do corpo Exú Odara : aquele que guia
Exú 01 abertos e 15 fechadosObá 15 abertos e 01 fechados Ibeji02 abertos e 14 fechadosOxumaré 14 abertos e 02 fechados Ogum 03 abertos e 13 fechados Omulú
05 abertos e 11 fechados Logunedé 11 abertos e 05 fechados Yansã 06 abertos e 10 fechados Oxum 10 abertos e 06 fechados Oxossi 07 abertos e 09 fechados Nanã09 abertos e 07 fechados Oxalá 08 abertos e 08 fechadosLance nulo16 abertos ou fechados
Com efeito a relação entre Exú e Ifá, é uma realidadel, Exú está representado em um das principais emblemas característicos do culto à Ifá (o òpón), onde sua representação é em forma de rosto, de triângulos e losangos.
Ele tem as qualidades dos seus defeitos, pois é dinâmico e jovial, havendo mesmo pessoas na África que usam orgulhosamente nomes como Èxúbíyìí (concebido por Exú), ou Èxùtósìn (Exú merece ser adorado).
Assim, a ordenação aberto-fechado determina que Orixá está falando e o espaço entre os búzios indica o que ele está dizendo, o que está acontecendo à pessoa, não apenas em relação aos seus Orixás, “os donos de sua cabeça”, mas também como outras entidades estão influenciando positivamente ou negativamente em sua vida.
São utilizadas águas de diferentes procedências: água do mar, dos rios, da chuva, etc., Os líquidos ou “Abós” são preparados ritualmente com algumas gotas de sangue animal e com cantos secretos feitos apenas pelos Babalorixás.
Branco Axé Babá!
Roxo Salubá!
Amarelo Ora ieiê!
Tal energia é armazenada nos pontos centrais do terreiro e utilizada para imantar novos objetos ritualísticos ou para a manifestação das entidades em seus filhos.
O “assentamento” é à pedra fundamental do terreiro (onde por ocasião da inauguração são enterrados diversos objetos referentes ao santo da casa) e ao processo de iniciação ritual de um filho no santo ( Iaô), para designar o momento em que a força do Orixá é fixada na cabeça do Iaô;
Estes assentamentos são enterrados por ocasião da cerimônia de inauguração do local, na pedra fundamental da casa ou sob o “Ixé”, um mastro central onde se asteia a bandeira com os símbolos gráficos do Orixá padroeiro.
Apesar do caráter Afro das culturas africanas, o calendário original do candomblé era marcado pelos eventos das quatro estações climáticas, com o solstício de inverno (junho) dedicado aos principais Orixás masculinos (Ogum, Xangô, Oxalá) e o solstício de verão (dezembro) consagrado aos Orixás femininos (Iansã, Oxum, Yemanjá).
Existem ainda no âmbito do terreiro: a tronqueira, o assentamento do Exú protetor da casa, e o Ilê-Saim, a casa dos mortos (eguns) que ainda estão identificados à vida material.
Esses assentamentos, que ficam sempre fora da área do terreiro consagrada aos Orixás, não são alimentados anualmente, mas sim conforme o ciclo lunar de 28 dias e o ciclo diário das marés.
O sangue, juntamente com o álcool e a sexualidade, são veículos materiais que emitem as vibrações indispensáveis aos Exús e aos desencarnados em geral atuarem no plano material e também, aos homens penetrarem em outros estados de percepção e consciência.
Além das cerimônias anuais do calendário, existe um dia da semana consagrado a cada Orixá, que pode ser usado para a entrega de obrigações individuais, feitas de comidas ofertadas e da realização de sacrifícios animais.
As restrições alimentares também condicionam simbolicamente esta identidade permanente entre os homens e os deuses: as proibições consistem em não consumir as substâncias que vibram na mesma freqüência do santo a que se está identificado.
Caso o indivíduo não obedeça a estas restrições alimentares a que se encontra submetido e coma-as, desobedecendo o tempo de preceito, ele sofrerá as quizilas (sensação de nojo, mal-estar).
Na África, visto que os candomblés eram verdadeiras identidades étnicas e haverem laços reais de parentesco entre os grupos que cultuavam uma mesma entidade, esta proibição tinha um sentido genético e cultural.
Mas não se deve pensar que os homens são prisioneiros de um comportamento de meros instrumentos passivos dos deuses: “o santo também é possuído por seus filhos”, que têm um papel ativo, tecendo relações complexas entre os Orixás e a comunidade, multiplicando as relações entre as próprias entidades.
esta reciprocidade que se desenvolve simultaneamente em três níveis: o ciclo anual de “firmeza da casa”, o ciclo mensal de realimentação energética dos fetiches e dos abôs, e o ciclo semanal das obrigações individuais dos iniciados.
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Nomes
Os exus mais evoluídos são chamados de "exus cabeças de legião", que são sete, e comandam uma legião espiritual.[11]
São eles:
Exu Sete Encruzilhadas - serventia direta de Orixalá.[9]
Exu Tranca-Rua - serventia direta de Ogum.[9]
Exu Marabô - serventia direta de Oxóssi.[9]
Exu Gira mundo - serventia direta de Xangô.[9]
Exu Pinga Fogo - serventia direta de Yorimá.[9]
Exu Tiriri - serventia direta de Yori.[9]
Pombagira - serventia direta de Yemanjá.[9]
Essas legiões se subdividem em planos, subplanos, grupos, subgrupos e colunas.[11][9] Cada uma dessas subdivisões atende por um nome, mais ou menos específico. Assim, por exemplo, os espíritos que se autodenominam da falange de João Caveira, na verdade são uma subdivisão de Exu Caveira.
Nome dos exus
Nomes de Exús e Pombagiras mais comuns
Exú Caveirinha;
Exú Campina;
Exú Calunguinha;
Exú da Calinga;
Exú da Madrugada;
Exú da Mata;
Exú da Meia Noite;
Exú da Praia;
Exú do Cruzeiro;
Exú do Lodo;
Exú dos Rios;
ExúGira Mundo;
Exú Lalu;
Exú Malandrinho;
Exú Mangueira;
Exú Mulambinho;
Exú Mulambo;
Exú Pinga Fogo;
Exú Pino da Meia Noite;
Exú Rola Rola;
Exú Quebra Galho;
Exú Quebra Osso;
Exú Sete Catacumbas;
Exú Sete Chaves;
Exú Sete Covas;
Exú Sete Giras;
Exú Sete Luas;
Exú Sete Ossos;
Exú Tatá Caveira;
Exú Tira Teima;
Exú Toco Preto;
Exú Toquinho;
Exú Toquinho de Ouro;
Exú Tranca Gira;
Exú Tranca Tudo;
Exú Trinca Ferro;
Exú Tronqueira.
Nomes de Pombagiras mais comuns
Pombagira do Cruzeiro;
Pombagira do Cais;
Pombagira da Calunga;
Pombagira Cigana;
Pombagira Ciganinha;
Pombagira das Rosas;
Pombagira do Cemitério;
Pombagira Maria Mulambo;
Pombagira Rosa Caveira;
Pombagira Rosa Caveira;
Pombagira Rosa Vermelha;
Pombagira Rainha da Encruzilhada;
Pombagira das Rainha da Calunga;
Pombagira Rainha;
Pombagira Sandália de Prata;
Pombagira Sete Cravos;
Pombagira Sete Saias;
Pombagira Sete Véus.
mitologia cristã
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Mitologia cristã
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Mitologia cristã é corpo mitológico, esteja ele no Cânon bíblico ou não, das religiões cristãs. Um mito cristão é uma história que os cristãos consideram ter profundo significado religioso.
Problematização conceitual
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O termo mitologia designa tanto o estudo, como a totalidade dos mitos. Com o positivismo filosófico (ver Émile Durkheim) as mitologias foram consideradas uma forma de conhecimento primitivo, ultrapassada primeiro pela Metafísica e depois pela Ciência. O termo, portanto, passou a indicar religiões do passado, com clara conotação negativa. Exemplos de mitologias, além da cristã, são: a Mitologia greco-romana e a mitologia nórdica.[1] Sendo assim, o termo mitologia cristã é normalmente utilizado por quem não acredita na religião cristã. Embora os estudiosos concordem que toda religião é formada por um conjunto de mitos, lendas e ritos.[2]
A mitologia cristã inclui o corpo de histórias que se acumularam sobre os personagens do Novo Testamento, assim como da vida dos santos. As histórias bíblicas sobre Pôncio Pilatos são exemplos de mitologia cristã[carece de fontes]. Muitos detalhes de hagiografias estão nos padrões de mitografia cristã. Essas histórias ilustram temas cristãos, podendo eles estarem ou não na Bíblia. Outras histórias que foram eternizadas para ensinar valores ou tradições espirituais cristãs, também podem ser incluídas na categoria de mitologia cristã[carece de fontes], como as histórias de São Jorge e São Valentim.
Mitologemas bíblicos
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Mitologema, de acordo com a definição de Károly Kerényi, significa o elemento mínimo reconhecível de um complexo de material mítico. Ou seja, uma pequena parte do mito que possui identidade própria. Seguem-se alguns mitologemas cristãos.
Cristo e Cristologia
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Ver artigo principal: Mito de Jesus
O Cristianismo, como seu próprio nome indica, é uma religião fundada a partir do evento de Cristo. Cristo, entretanto, nada deixou escrito: seus ensinamentos foram fixados na escrita por seus apóstolos, seja através de Evangelhos, Cartas, Profecias ou História dos Apóstolos. Percebe-se, portanto, que o mitologema "Cristo" é o mais importante da mitologia cristã. Seguem algumas das características principais deste mitologema: a) a concepção milagrosa de Cristo e o seu nascimento pela Virgem Maria; b) o batismo de Jesus ; c) a Tentação de Cristo por Satanás; d) a Transfiguração de Jesus; e) a Parábolas de Jesus; f) a Última Ceia; g) a morte de Jesus; h) a ressurreição de Jesus; i) a Ascensão de Jesus e j) a descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus depois da Ascensão.
Os relatos dos Evangelhos sobre Jesus Cristo - sua vida e morte - são combinados, na mitologia cristã, com a narrativa de como a teologia cristã "passou a ser", i.e., tornou-se realidade entre os crentes, fez-se carne, veio à terra.
Escatologia cristã
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Ver artigo principal: escatologia cristã
A palavra "escatologia" é derivada de duas palavras gregas que significam "último" e "estudo", respectivamente: ἔσχατος e λογία. Portanto, significa o estudo dos "acontecimentos últimos". A mitologia cristã é inteiramente orientada pela Parousia (ver Epístolas paulinas) - isto é, pelo retorno de Cristo, ou pelo "acontecimento último" (a salvação ou a condenação) - , chegando o último livro bíblico, o Apocalipse de João - a ser inteiramente dedicado a ela. Para pesquisas mais detalhadas sobre o tema, ver: A vinda do anticristo, A Segunda vinda de Cristo, A ressurreição dos mortos, O Juízo Final e A criação definitiva e total do Reino de Deus na Terra.
Comparação de mitologemas judaicos e cristãos
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Ver artigo principal: Tanakh hebraico
Igualdades
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Cosmogonia
Revolução de Satanás contra Deus Apocalipse 12:7 e seu lançamento para a Terra que ainda não tinha recebido as transformações dos 7 dias (Gênesis 1:2)
O relato da criação em 7 dias (7 Etapas) (Gênesis 1:2-3)
A narrativa de Éden (Gênesis 3:24)
Origens
A Queda do homem: Embora o livro de Gênesis não menciona explicitamente o pecado original, muitos cristãos interpretam a queda como a origem do pecado original.
Arca de Noé
A Torre de Babel: a origem e a divisão das nações e línguas
A vida de Abraão
O Êxodo dos hebreus do Egito
Conquista dos hebreus da Terra Prometida
O período dos profetas hebraicos. Um exemplo é a parte apócrifa do Livro de Daniel (14:1-30; excluídos do cânone protestante), que conta a história de Bel e o dragão (veja Adições em Daniel).
Diferenças
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Querigma judaico cristão: Cristo, a pedra angular da boa nova
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Mitologemas cristãos fora da bíblia
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São exemplos de mitologemas cristãos não mencionados no cânone bíblico:
Textos apócrifos
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Versões da mitologia cristã usada pelo Cristianismo Gnóstico;
O mito da criação Valentiniana envolvendo Sofia e o demiurgo;
O mito da criação maniqueísta;
Os contos gnósticos de Jesus, alguns dos quais apresentam uma visão Docetica de Jesus. Veja: evangelhos gnósticos.
Histórias dos apócrifos;
Milagres e santificação
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Madre Teresa de Calcutá
Outros mitologemas
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Histórias tradicionais como a do rei de Edessa, Abgar;
Histórias sobre artefatos como o Santo Graal, Lança do destino e Santo Sudário de Turim.
Elaborações ou acréscimos às história bíblicas, como contos sobre Salomé, dos Três Reis Magos, e Dimas, o ladrão que se arrependeu, durante a sua crucificação junto com Jesus;
Nomes e detalhes biográficos sobre as pessoas sem nome na Bíblia;
Entidades da mitologia cristã
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Fazem parte da mitologia cristã, entidades como: Trindade - Jesus, Deus, Espírito Santo -, anjos, santos, demônios e espíritos de demônios. Também fazem parte da mitologia cristã, entidades como: anjo da morte, arcanjos, anjo da guarda, querubins, serafins, anciães celestiais, dragões, feras de sete cabeças, homens gigantes, beemotes, jumento-falante, serpente-falante, serpente-bípede, árvore da vida, maná, cajados virando serpentes, água virando sangue, pessoas voltando dos mortos, o Sol parando por horas, abertura do Mar Vermelho, bruxas, anjos dormindo com humanas, pessoas que passam dias no estômago de uma baleia, entre outros.
Interpretação bíblica
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Tratamentos literários das histórias bíblicas, como Paraíso Perdido, de John Milton;
Tratamentos literários da teologia cristã ou escatologia, como A Divina Comédia, de Dante Alighieri;
Contos sobre os santos (hagiografia), cuja historicidade é duvidosa, como São Cristóvão e Santa Catarina de Alexandria;
Algumas histórias miraculosas de alguns santos no livro A Lenda Dourada de Jacobus de Voragine;
As lendas sobre o Rei Artur e outros contos medievais sobre a busca do Santo Graal;
Histórias lendárias de igrejas cristãs, contos das Cruzadas e paladinos de Carlos Magno no romance medieval;
Lendas dos Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião.
A Linhagem de Jesus
Histórias sobre pessoas que fazem pacto com satanás, como Fausto.
Ver também
Referências
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Livros apócrifos
Hórus
Divindade da antiga religião egípcia
Elaine Pagels

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Leviatã, Behemoth e Ziz
Ziz (Hebraico: זיז) é, na mitologia judaica, uma ave gigante, tão grande que bloqueia a luz do sol com a envergadura das suas asas. É considerado como um arquétipo das criaturas monstruosas. Behemoth, Leviatã e Ziz são motivos tradicionais de decoração no artesanato judaico. Alguns criacionistas o identificaram como uma espécie de pterossauro, o Quetzalcoatlus, que foi o maior animal alado da história geológica da Terra.
Especificando o mito
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Embora não se tenha um relato direto na Bíblia sobre o Ziz, ele é mencionado em "Amanhã descereis contra eles; eis que sobem pela ladeira de Ziz, e os achareis no fim do vale, diante do deserto de Jeruel." (2 Crônicas 20:16).
A ladeira de Ziz era o passo, ou caminho, pelo qual os exércitos de Moabe, de Amom e dos amonins vieram na verdade contra Judá durante o reinado do Rei Jeosafá (936-c. 911 AEC). Costuma ser identificado com o uádi Hasasa (Nahal Hazezon), a uns 15 km ao SE do lugar sugerido de Tecoa e a uns 10 km ao NO de En-Gedi. — 2Cr 20:1, 2, 16, 20.
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Behemoth
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Cidade bíblica de Edom
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Leviatã, Behemoth e Ziz
Ziz (Hebraico: זיז) é, na mitologia judaica, uma ave gigante, tão grande que bloqueia a luz do sol com a envergadura das suas asas. É considerado como um arquétipo das criaturas monstruosas. Behemoth, Leviatã e Ziz são motivos tradicionais de decoração no artesanato judaico. Alguns criacionistas o identificaram como uma espécie de pterossauro, o Quetzalcoatlus, que foi o maior animal alado da história geológica da Terra.
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Leviatã
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Leviatã (monstro)
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Leviatã (em hebraico: לִוְיָתָן; transl.: Livyatan, Liwyāṯān) é um peixe feroz citado na Tanakh, ou no Antigo Testamento. É uma criatura que, em alguns casos, pode ter interpretação mitológica, ou simbólica, a depender do contexto em que a palavra é usada. Geralmente é descrito como tendo grandes proporções. É bastante comum no imaginário dos navegantes europeus da Idade Média e nos tempos bíblicos.[1]
No Antigo Testamento, a imagem do Leviatã é retratada pela primeira vez no Livro de Jó, capítulo 41. Sua descrição na referida passagem é breve. Foi considerado pela Igreja Católica durante a Idade Média, como o demônio representante do quinto pecado, a Inveja, também sendo tratado com um dos sete príncipes infernais. Uma nota explicativa revela uma primeira definição: "monstro que se representa sob a forma de crocodilo, segundo a mitologia fenícia" (Velho Testamento, 1957: 614). Não se deve perder de vista que, nas diversas descrições no Antigo Testamento, ele é caracterizado sob diferentes formas, uma vez que se funde com outros animais. Formas como a de dragão marinho, serpente e polvo (semelhante ao Kraken) também são bastante comuns.[2]
Antigo Testamento
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O Livro de Jó (capítulos 40 e 41) aponta a imagem mais impressionante do Leviatã, descrevendo-o como o maior (ou o mais poderoso) dos monstros aquáticos.[2] No diálogo entre Deus e Jó, o primeiro procede a uma série de indagações que revelam as características do monstro, tais como "ninguém é bastante ousado para provocá-lo; quem a ele resistiria face a face? Quem pôde afrontá-lo e sair com vida debaixo de toda a extensão do céu? Quem lhe abriu os dois batentes da goela, em que seus dentes fazem reinar o terror? Quando se levanta, tremem as ondas do mar, as vagas do mar se afastam. Se uma espada o toca, ela não resiste, nem a lança, nem a azagaia, nem o dardo. O ferro para ele é palha, o bronze pau podre" (Bíblia Sagrada, 1957: 656). Ao lado do Leviatã, no capítulo 40 do livro de Jó, aparece o Behemoth [9] (Jó 40:15-16, "Contempla agora o Beemote, que eu fiz contigo, que come erva como o boi. Eis que a sua força está nos seus lombos e o seu poder, nos músculos do seu ventre." Biblia JFA Revista e corrigida) Levanta sua cauda como (um ramo) de cedro, os nervos de suas coxas são entrelaçados; seus ossos são tubos de bronze, sua estrutura é feita de barras de ferro" (Bíblia Sagrada, 1957: 654). Existe uma lenda judaica que fala que Deus enviara Behemoth para matar Leviatã. Eles terão uma grande batalha, onde os dois morreriam, mas Behemoth sairia vitorioso por cumprir sua missão.[3]

A Destruição de Leviatã - gravura de Gustave Doré (1865)
A origem histórico-mitológica de tais animais descritos na Bíblia é uma questão um tanto obscura. Ambos os animais têm sido associados a algumas sagas, e o Leviatã talvez esteja associado ao "Tiamat" mesopotâmico. Os historiadores e teólogos da Bíblia não relacionam esses animais ao que poderia ser um mito político, ao qual Hobbes se refere (Schmitt, 1938: 6).[4] O Leviatã também aparece na Bíblia sob a forma do maior dos animais aquáticos, como um crocodilo ou então na forma de um enorme peixe, uma baleia.[1][3] O behemoth, como animal terrestre representado sob a forma de um hipopótamo.
Na União do céu e do inferno, William Blake escreveu:
"Debaixo de nós nada mais se via senão uma tempestade negra, até que, olhando para oriente, entre as nuvens e as vagas, divisamos uma cascata de sangue misturado com fogo, e próximo de nós emergiu e afundou-se de novo o vulto escamoso de uma serpente volumosa. Por fim, a três graus de distância, na direcção do oriente, apareceu sobre as ondas uma crista incendiada: lentamente elevou-se como um recife de ouro, até avistarmos dois globos de fogo carmesim, dos quais o mar se escapa em nuvens de fumo. Vimos então que se tratava da cabeça do Leviatã a sua fronte, tal como a do tigre, era sulcada por listras de verde e púrpura. Em breve vimos a boca e as guelras pendendo sobre a espuma enfurecida, tingindo o negro abismo com raios de sangue, avançando para nós com toda a fúria de uma existência espiritual."
Conforme Jó 41:18-21, muitos também acreditam que o Leviatã pode ter sido um dragão:
18 Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pálpebras da alva.
19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.
20 Das suas narinas procede fumaça, como de uma panela fervente, ou de uma grande caldeira.
21 O seu hálito faz incender os carvões; e da sua boca sai fogo escarlate.
A descrição no Livro de Jó é hiperbólica. Sendo este livro narrado de forma poética, deve-se ponderar a interpretação literal dos termos.
Leviatã na cultura popular
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Thomas Hobbes
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Ver artigo principal: Leviatã (livro)
Leviatã também diz respeito a obra do cientista político e jusnaturalista Thomas Hobbes (Malmesbury, 5 de abril de 1588 — Hardwick Hall, 4 de dezembro de 1679). Em sua obra, Hobbes afirmava que a "guerra de todos contra todos" (Bellum omnium contra omnes) que caracteriza o então "estado de natureza" só poderia ser superada por um governo central e autoritário. O governo central seria uma espécie de monstro - o Leviatã - que concentraria todo o poder em torno de si, e ordenando todas as decisões da sociedade.[5]
Supernatural
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Ver artigo principal: Supernatural
Na série, são poderosos seres do purgatório (local para onde todas as criaturas sobrenaturais vão quando morrem). Na série, o anjo Castiel abre um portal para o purgatório para obter as almas existentes no mesmo, com a intenção de as absorver e se tornar mais forte para conseguir vencer Rafael na guerra civil dos anjos, porém, não se sabe por quê, acaba absorvendo os poderosos Leviatãs juntamente com todas as outras almas, e ao expulsá-las de seu corpo não consegue expulsar os Leviatãs que nele habitam.[5]
As criaturas aparecem durante a sétima temporada - iniciada no dia 23 de setembro de 2011 nos EUA pelo The CW - pela "Morte". Na série aparecem como criaturas extremamente primitivas de um modo literário, ou seja, foram criados antes de tudo na Terra. Deus os criou antes mesmo de ter criado os anjos e os humanos, mas percebeu que eles eram criaturas ruins e muito fortes, então criou o purgatório para aprisionar os piores tipos de criaturas lá para sempre. Somente os humanos podem sair passando pelo portal.[5]
Monstro do lago Ness
Ver artigo principal: Monstro do lago Ness
O monstro do lago Ness, conhecido simplesmente por Nessie, é um criptídeo aquático que alegadamente foi visto no Loch Ness (Lago Ness), nas Terras Altas da Escócia. A sua existência (ou não) continua a suscitar debate entre os cépticos e os crentes, e é um dos mistérios da criptozoologia. O monstro de Loch Ness é descrito como uma espécie de serpente ou réptil marinho, semelhante ao plesiossauro, um sauropterígeo pré-histórico. Mas no dia 29 de Maio de 2003, o governo da Escócia declarou que o monstro não existe e as ideias de que ele existe não passam de fruto da imaginação. Para alguns estudiosos bíblicos a existência do Nessie é a real comprovação da mitologia bíblica do Leviatã.[carece de fontes]
Série Leviatã
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Na série de livros de Scott Westerfeld, Leviatã é uma baleia alterada geneticamente para funcionar como zepelim, uma vez que, no universo steampunk dos livros, os Darwinistas (equivalentes à Tríplice Entente) usam da biogenética para produzir máquinas de guerra e outras tecnologias. A série gira em torno das viagens e missões do Leviatã em uma Europa alternativa que está à beira da Primeira Guerra Mundial.[carece de fontes]
Manga Leviathan
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No manga leviathan o monstro é retratado como aquele que veio para iniciar apocalipse.
Final fantasy
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Em alguns dos jogos eletrônicos da série de RPG Final fantasy, Leviatã aparece como um summon.
God of War (2018)
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É o nome do machado utilizado por Kratos durante uma grande parte da campanha.
Referências
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Monstro do lago Ness
Behemoth

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Golem
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Golem
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 Nota: Para outros significados, veja Golem (desambiguação).
Golem é um ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, particularmente à cabala, que pode ser trazido à vida através de um processo divino.
O golem é uma possível inspiração para outros seres criados artificialmente, tal como o homunculus na alquimia e do romance moderno Frankenstein, obra de Mary Shelley.
No folclore judaico, o golem (גולם) é um ser animado que é feito de material inanimado, muitas vezes visto como um gigante de pedra. No hebraico moderno a palavra golem significa "tolo", "imbecil", ou "estúpido". O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "matéria-prima".
História
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A origem da palavra
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A palavra golem na Bíblia serve para se referir a um embrião ou substância incompleta: o Salmo 139:16 usa a palavra gal'mi, significando "minha substância ainda informe".
As primeiras histórias de golems são mais antigas que o judaísmo. Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golem quando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma".
Como Adão, todos os golems são criados a partir da lama. Eles eram criações de pessoas santas e muito próximas de Deus. Uma pessoa santa era uma pessoa que se esforçava para se aproximar de Deus, e por essa luta consegue um pouco da sabedoria e poder divinos. Um desses poderes é a criação da vida. Por mais santa que a pessoa fosse, no entanto, a sua criação sempre seria apenas uma sombra de qualquer criação de Deus.
Desde cedo se desenvolveu a noção de que a principal deficiência do golem era a sua incapacidade em falar. No Sanhedrin 65b, é descrito como Raba criou um golem usando o Sefer Yetzirah. Ele enviou o golem para Rav Zeira, que falou com o golem mas ele não respondeu. Disse Rav Zeira:
"Vejo que você foi criado por um dos nossos colegas; volte ao pó".
Domínio e activação dos golems
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Ter um golem como servo era considerado como o mais elevado símbolo de sabedoria e santidade, e existem muitos contos de golems ligados a proeminentes rabinos através da Idade Média.
Outros atributos dos golems foram sendo adicionados através dos tempos. Em vários contos, o golem tem escritas palavras mágicas ou religiosas que o tornam animado. Escrever um dos Nomes de Deus na sua testa, num papel colado em sua fronte ou numa placa de argila embaixo de sua língua, ou ainda escrever a palavra Emet (אמת, "verdade" em hebraico) na sua testa, são exemplos de algumas dessas fórmulas de animação do golem. Ao apagar a primeira letra de Emet (da esquerda para a direita, dado que é assim escrito o hebraico), formando Met (מת, "morto" em hebraico), o golem era desfeito.
A narrativa clássica
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A mais famosa narrativa com um golem envolve o rabino Judá Loew ben Betzalel, de Praga, durante o século XVI. Diz-se que ele teria criado um golem para defender o gueto de Josefov em Praga contra ataques anti-semitas. A primeira publicação da história do golem apareceu em 1847 em uma coleção de contos judaicos intitulada Galerie der Sippurim, publicada por Wolf Pascheles, de Praga.
Cerca de 60 anos mais tarde, um conto de ficção foi publicado por Yudl Rosenberg (1909). De acordo com a história, o golem teria sido feito com a argila do rio Moldava que banha Praga. Seguindo as orações específicas, o rabino construiu o golem e fez com que ele ganhasse vida recitando um hino especial em hebreu e escrevendo na sua testa a palavra Emet, que em hebraico significa "verdade". O golem deveria obedecer ao rabino, ajudando e protegendo o gueto judaico.
Durante o dia, o rabino escondia o golem no sótão da Antiga-Nova Sinagoga. Porém, o golem cresceu e se tornou violento e começou a matar pessoas espalhando o medo. Foi então prometido ao rabino Judá Loew ben Betzalel que a violência contra os judeus pararia se o golem fosse destruído. O rabino concordou e destruiu o golem apagando a primeira letra da palavra Emet que formaria a palavra Met que significa "morto" em hebraico.
A existência de um golem na maioria das histórias mostrava algo bom, mas com problemas. Embora não fosse inteligente, o golem podia fazer simples tarefas repetidamente. O problema era controlá-lo e fazê-lo parar.
A narrativa moderna, publicada em 1915, em Leipzig, está no livro "Der Golem", do escritor austríaco de literatura fantástica Gustav Meyrink, que residiu em Praga.
Elementos semelhantes podem ser encontrados no romance Frankenstein de Mary Shelley.
Isaac Bashevis Singer, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, escreveu a sua versão da lenda do Golem em 1969.
O filme "O Golem - Como veio ao mundo" (Der Golem, wie er in die Welt kam), [1] [2] de 1920, do diretor Paul Wegener, é a adaptação cinematográfica da narrativa clássica da história ambientada em Praga do século XVI. Este filme, em que próprio Paul Wegener interpreta o papel do Golem, é considerado uma das obras-primas do Expressionismo alemão.
Golem com a palavra
אמת (verdade)
escrita na testa. Rabino Loew e o golem. Cena de Der Golem, [3] filme alemão
de 1920, dirigido por Paul Wegener.
Ver também
Notas
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Rav

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Behemoth
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Behemoth
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 Nota: Este artigo é sobre à criatura mitológica. Para a banda de mesmo nome, veja Behemoth (banda).

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Behemoth e Leviatã, em gravura de William Blake

Leviatã, Behemoth e Ziz em iluminura de uma Bíblia de Ulm, 1238
Beemote ou behemoth (em hebraico transcrito como בהמות, Bəhēmôth, Behemot, B'hemot; em Árabe بهيموث, Bahīmūth, ou بهموت, Bahamūt)[1] é uma criatura descrita na Bíblia, no livro de Jó, 40:15–24. Sua descrição é tradicionalmente associada à de um monstro gigante, podendo ser retratado como um Hipopótamo, apesar de alguns criacionistas o identificarem como um saurópode ou um touro gigante de três chifres. Esta criatura tem um corpo couraçado e é típica dos desertos (embora Behemoth também fosse como os hebreus chamavam os hipopótamos). Alguns criacionistas da Terra Jovem acreditam que é uma descrição de um dinossauro.
Contemplas agora o beemote, que eu fiz contigo, que come a erva como o boi. Eis que a sua força está nos seus lombos, e o seu poder nos músculos do seu ventre. Quando quer, move a sua cauda como cedro; os nervos das suas coxas estão entretecidos. Os seus ossos são como tubos de bronze; a sua ossada é como barras de ferro. Ele é obra-prima dos caminhos de Deus; o que o fez o proveu da sua espada.
Em verdade os montes lhe produzem pastos, onde todos os animais do campo folgam. Deita-se debaixo das árvores sombrias, no esconderijo das canas e da lama. As árvores sombrias o cobrem, com sua sombra; os salgueiros do ribeiro o cercam.
Eis que um rio transborda, e ele não se apressa, confiando ainda que o Jordão se levante até à sua boca. Podê-lo-iam porventura caçar à vista de seus olhos, ou com laços lhe furar o nariz?
O nome é o plural do hebraico בהמה, bəhēmāh, "animal", com sentido enfático ("animal grande", "animal por excelência"). Na tradição judaica ortodoxa, o Beemote é o monstro da terra por excelência, em oposição ao Leviatã, o monstro do mar, e Ziz, o monstro do ar.
Segundo a tradição judaica ortodoxa, a missão do Beemote é esperar pelo dia em que Deus lhe pedirá para matar o Leviatã, uma criatura marinha tida por alguns como parecida com uma baleia. As duas criaturas morrerão no combate, mas o Beemote será glorificado por cumprir a sua missão. Então, a carne dos dois monstros será servida em banquete aos humanos que sobreviverem.
Na literatura
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Por volta de 1668, já quase com oitenta anos de idade, Thomas Hobbes terminava o manuscrito de Behemoth. Embora algumas edições piratas de Behemoth tenham sido publicadas nos finais de 1670, uma versão autorizada só apareceu em 1682, três anos após a morte do autor. No livro Behemoth or the Long Parliament, diferentemente dos anteriores trabalhos Leviatã e Do Cidadão, Hobbes desenvolve uma narrativa histórica sobre guerra civil na Inglaterra compreendida entre o período de 1640 e 1660. Se um dos significados simbólicos assumidos pelo Leviatã de Hobbes é o de um Estado garantidor da paz, o Behemoth simboliza a rebelião e a guerra civil (Hobess, 1990: ix).
É personagem do livro O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgakov, sobre a visita do diabo à Rússia stalinista. É referido ainda nas obras de John Milton (Paradise Lost - Book VII 470-472) e de James Thomson (The Seasons ). É referido ainda no livro de Enoque cap. 58 verso 8
Na Bíblia De Jerusalém
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Na página 854, da edição brasileira de 2002 da Bíblia de Jerusalém, da Paulus, encontra-se o vocábulo Beemot. Nada relacionado a esse vocábulo,porém, aparece no Dicionário Eletrônico Houaiss Da Língua Portuguesa, no Dicionário Michaelis Online Da Língua Portuguesa, nem no Dicionário Da Língua Portuguesa Online da Porto Editora.[carece de fontes]
Ver também
Referências
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Leviatã (monstro)
Primeiro Livro de Enoque
Ziz

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aesma daeva
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Aesma Daeva
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 Nota: Se procura a banda de symphonic metal, veja Aesma Daeva (banda).
Aesma Daeva segundo a mitologia persa, é um anjo, "o anjo que brilha", no entanto também pode ser uma referência ao demônio na mesma mitologia. Aesma Daeva é um dos demonio dos Daevas, o demônio da ira, da luxúria e da raiva.
É uma personificação da violência, do conflito e da guerra. Juntamente com o demónio da Morte, Asto Vidatu, procuram as almas dos falecidos quando estes sobem aos céus.
O espírito maligno Judaico Asmodeus é uma derivação deste. O seu eterno oponente é Sraosa.
Esta e uma fonte de conhecimento esoterico, não existe comprovação em livros tradicionais da mitologias Persas, de que Aesma Daeva e um Deus existente. E muito menos com relação a Asmodeus que e um Demonio ou genio do Judaismo.
Asmodeus (em grego: Asmaidos, em latim: Asmodaeus, Asmodäus, em hebraico: אשמדאי Aschmedai (Talmud) é um demônio da mitologia do Judaísmo (Livro de Tobias 3,8,17)
Ligações externas
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Asmodeus
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 Nota: Para outros significados, veja Asmodeus (desambiguação).

Asmodeus é normalmente representado com asas e três cabeças: uma de homem com hálito de fogo, uma de touro e uma de carneiro, símbolos de virilidade e fertilidade.
Asmodeus (em grego: Ασμοδαίος Asmodaios, em latim: Asmodaeus, Asmodäus, em hebraico: אשמדאי Aschmedai (Talmud) é um demônio da mitologia do Judaísmo (Livro de Tobias 3, 8, 17).
História
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É considerado um dos sete anjos do inferno abaixo somente de Lúcifer (imperador do inferno, que se alimenta e se fortalece da avareza). É o demônio representante do pecado da Luxúria. Sua origem difere muito conforme a fonte, alguns consideram-no como um anjo caído, porém alguns escritos judaicos indicam Asmodeus como o "Rei Esquecido de Sodoma", nesse conto Asmodeus é visto como o homem mais impuro já nascido, e aquele que guiou Sodoma à luxúria. Alguns teólogos consideram a destruição de Sodoma como meio de matar Asmodeus, e não como prelúdio do Dilúvio. Já no livro deuterocanônico de Tobias, é citado como o assassino dos noivos de Sara. Deus envia o Arcanjo Rafael para guiar Tobias, encontrar Sara e prender o demônio nos mais altos picos terrestres. Depois de completar sua missão, o Arcanjo cura Tobit pai de Tobias e retorna para a Corte celeste.
Segundo seitas satânicas, a letra inicial de seu nome é parte integrante do acrônimo Baal, nome do deus pagão citado tanto nas escrituras sagradas do Torá (judaísmo) quanto na Bíblia (cristianismo), que se traduz nos nomes dos demônios Beelzebub, Astarot, Asmodeus e Leviatã.
Asmodeus é normalmente representado como uma espécie de quimera, com asas e três cabeças: uma de homem com hálito de fogo, uma de touro e uma de carneiro, símbolos de virilidade e fertilidade. Porém, pode ser representado também como uma espécie de feiticeiro capaz de adotar a forma de aranha. Por se tratar de um humano que virou demônio e não um anjo caído, Asmodeus possui o livre arbítrio, negado aos anjos, sendo considerado a Arma de Lúcifer para derrotar o Messias.
No folclore judeu foi amante de Lilith que á considerada a primeira esposa de Adão, anterior a Eva. Deixou o Jardim do Éden por sua própria iniciativa e se instalou próximo ao Mar Vermelho, juntando-se lá com Asmodeus, o que seria seu amante, e outros demônios. É também considerada símbolo da luxúria.
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Rafael (arcanjo)
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Lúcifer (DC Comics)

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Morte de Abiron, Datã e Coré.
Pintura de Gustave Doré.
Abaritan é uma imprecação portuguesa antiga, que quer dizer: "sepultado sejas vivo nos infernos como foram Abiron e Dathan"[1] ou "que seja confundido, e devorado pela terra, como Datan, e Abiron".[2] O termo refere-se ao episódio bíblico relatado no Livro dos Números, quando o levita Abiron revoltou-se contra Moisés, juntamente com Coré e Datã. Como castigo pela sua rebelião, teriam sido todos três engolidos pela terra, que se abriu, sepultando também duzentos e cinquenta cúmplices.[3][4]
Era muito usada nas escrituras dos forais, como ameaça para quem se atrevesse a infringir as garantias ali estabelecidas.[1] Em 1842, o termo, usado como interjeição por um dos personagens de um romance passado na Idade Média, era já considerado anacrónico e de uso antiquado.[5]
A expressão é igualmente conhecida na Galiza, sendo usada para designar aquele que não cumpria o estipulado em algum contrato, e sobre o qual caiam os mesmos castigos e maldições contidos nessa escritura. Entre o vulgo (popularmente), a palavra é sinónimo de excomungado.[6]
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Lilith
primeira mulher de Adão
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 Nota: Para Este artigo se refere aos aspectos mitológicos e psicológicos da antiga deusa Lilith., veja Lilith (desambiguação).
Lilith

Lilith, em gravura de John Collier, 1892
Lilith (comumente o angelismo Lilith), em hebraico: לילית, em antigo árabe: ليليث, foi uma deusa adorada na Mesopotâmia e na Babilônia, associada com ventos e tempestades, que se imaginavam ser portadores de enfermidades e morte.
Lilith aparece como um demônio noturno na crença tradicional judaica. Na crença islâmica, ela é tratada como a primeira mulher do personagem bíblico Adão, sendo, em uma passagem (Patai 81: 455f), acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. Mais recentemente, esta história tem sido cada vez mais adotada.
Mitologia cristã
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Lilith como a serpente em pintura de Rafael, em 1508
No primeiro capítulo do livro de Gênesis, versículo 27, está escrito que: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher; porém no segundo capítulo versículo 18: O Senhor Deus disse: 'Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada, e é apenas no versículo 22 do segundo capítulo que Eva é criada: E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.[1]
Quem crê nessa teoria, diz ser possível que no primeiro capítulo a mulher criada seja Lilith e levando em consideração o versículo 23: Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada (Gn 2:23). [carece de fontes][2] podemos verificar na expressão de Adão "[...]esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne![...]" a afirmativa de existência de outra criatura que não era qualificada como mulher e que não se podia se submeter a ele pois era independente, estava no mesmo nível de criação, a mesma altura de Adão. Em algumas traduções o texto esta, sim... aparece como agora sim, esta ... o que não parece ser um erro de tradução, mas uma evidência da afirmação na narrativa. Só se vê, o nome Lilith em livros apócrifos [carece de fontes], aos quais, faltam veracidade e canonicidade.
Sem veracidade
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O primeiro capítulo de Gênesis, apenas descreve como foram criados os céus, terra, animais, homem e mulher naqueles períodos de tempo chamados de "dias". Na Biblía KJA em Gênesis 1:27 diz: Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, à imagem de Deus os criou: macho e fêmea os criou., não descreve que Deus criou outra mulher mas sim que foi nesse ponto que fez o homem e mulher.
Em Gênesis 2:4-7 há um relato de como Deus criou os humanos com um pouco mais detalhe, porque senão teria existido outro homem além de Adão: 4 Esta é a história do início da humanidade, no tempo em que Yahweh Deus criou o Céu e a Terra: 5 Não havia ainda brotado nenhum arbusto sobre a terra e nenhuma erva dos campos tinha ainda crescido, porque o Senhor não havia feito chover sobre a terra e não havia homem para cultivar o solo. 6 Entretanto, fontes de água brotavam da terra e regavam toda a superfície do solo. 7 Então o Senhor modelou o ser humano do pó da terra, feito argila, e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.
Divergência de interpretação
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Lilith como serpente na fachada da Catedral de Notre-Dame de Paris (1163 d.C)
Existem diferentes interpretações sobre os fatos narrados no livro de Gênesis para sustentar a ideia também descrita no alfabeto de Ben-Sira. Em Gênesis 1, são descritos os detalhes da criação do mundo a partir das trevas e das águas, sendo no sexto dia a criação do homem e da mulher. No capítulo 2 de Gênesis há uma outra narração partindo da terra, podendo ser entendidos como dois eventos diferentes. O segundo foi escrito no tempo de Salomão e o primeiro, muito depois, no Exílio da Babilônia.
O primeiro versículo de Gênesis capítulo 2 traz a conclusão dos últimos versículos do capítulo 1 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto. - Gênesis 1:31 Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito (Gênesis 2: 1-2).
Sabendo-se que a divisão dos capítulos da Bíblia só veio a ocorrer muitos anos depois.[3] Não é possível afirmar que os eventos de Gênesis 2 vieram muito tempo depois dos ocorridos em Gênesis 1, porém entende-se que, a partir de Gênesis 2: versículo 4, há uma outra narrativa do que ocorreu em Gênesis 1. Na primeira o homem é criado por último, como ápice da criação, enquanto na segunda o homem é criado em primeiro lugar e tudo é feito para ele: E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.
Outra citação contrária é a que Adão diz Esta sim, é ossos dos meus ossos[...], passando a ideia de Agora sim, está é minha verdadeira mulher..., pois se observar em todas as traduções (inglês[4], grego[5] ou latim[6]) não temos esta expressão esta sim, ou agora sim,. Em todas as traduções temos a versão -- E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos[...] (Gênesis 2: 23). Judit Blair (2009) demonstra que todas as oito criaturas, que são mencionadas, são animais naturais.[7]
Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como "coruja", na famosa tradução inglesa da bíblia, na Versão da Bíblia do Rei James. Ali está escrito, em Isaías 34:14 que … the screech owl also shall rest there (a coruja também deve descansar lá). É preciso salientar, comparativamente, que em uma renomada versão em língua portuguesa da Bíblia, traduzida por João Ferreira de Almeida, esta passagem relata que … os animais noturnos ali pousarão, não havendo menção da coruja, como é frequentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).
Alfabeto de Ben-Sira
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Lilith
Estátua babilônica em terracota, a 2 000 a.C. - 1 500 a.C.
No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com a interpretação da criação humana no Gênesis feita no Alfabeto de Ben-Sira, entre 600 e 1000 d.C, Lilith foi criada por Deus com a mesma matéria prima de Adão, porém ela recusava-se a "ficar sempre por baixo durante as suas relações sexuais". Segundo este manuscrito milenar, Ben Sira conta a história de Lilith para Nabucodonosor:
Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: Não é bom que o homem esteja só (Gênesis 2:18). Ele então criou a mulher para Adão, da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a de Lilith. Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar. Lilith disse: Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti?" Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual. Adão retrucou: Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior. Lilith respondeu: Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra. Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, ela pronunciou o Nome Inefável e voou para o ar. Adão orou ao seu Criador: Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!. Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta.
Os três anjos foram insistiram que ela voltasse e ameaçaram afogá-la, porém ela se recusou a voltar, sendo assim condenada por Deus a perder cem filhos por dia. Desde então, para proteger os recém-nascidos da influência de Lilith, seria necessário colocar amuletos com o nome dos três anjos (Snvi, Snsvi e Smnglof).
Eva teria então sido criada a partir de Adão. Como outra interpretação diz que ela (Lilith) juntou-se aos anjos caídos quando se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. Ela então passou a perseguir os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém casados para se vingar. Outras histórias referem-se a ela como surgida das trevas ou como um demônio do mar e não como igual ao homem.
Infere-se pelos textos e por amuletos medievais que ela era uma superstição comum entre os camponeses. Deixar esculturas dos três anjos (Sanvi, Sansavi e Samangelaf) que a perseguiram para fora do Éden protegeria os bebês recém-nascidos (uma proteção necessária por oito dias para homens e vinte dias para mulheres) e impediria que seus maridos fossem seduzidos por Lilith a cometer adultério.
Mitologia 'suméria
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Lilith como serpente em pintura de Michelangelo em 1510 d.C
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3 000 a.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilite por volta de 700 a.C.
Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a Lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas.
Mitologia mesopotâmica
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Ela é também associada a um demônio feminino da noite que originou na antiga Mesopotâmia. Era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e até mesmo da morte. Porém algumas vezes ela se utilizaria da água como uma espécie de portal para o seu mundo. Também nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash) ela é referida como uma espécie de demônio.
Mitologia judaica
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A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia[carece de fontes], onde Lilith era cultuada, é bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo judaico de demônio. Assim surgiram as lendas vampíricas: Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubos quando mulheres e íncubos quando homens, ou simplesmente lilims. Eles se alimentavam da energia desprendida no ato sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos, seriam os geradores das poluções noturnas. Mas uma vez possuído por uma súcubo, dificilmente um homem saía com vida.
Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith, como o aperto esmagador sobre o peito, uma vingança por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão, e sua habilidade de cortar o pênis com sua vagina segundo os relatos católicos medievais. Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.
Pensa-se que o Relevo Burney (ver alusões à coruja na reprodução do Relevo de Burney, nesta página), um relevo sumério, represente Lilite; muitos acreditam também que há uma relação entre Lilith e Inanna, deusa suméria da guerra e do prazer sexual.
Mitologia grega
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Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", uma Deusa que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
Era contemporânea
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Lady Lilith por Dante Gabriel Rossetti (1828-1882)
Nos dois últimos séculos, a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos, em um contraste radical à sua tradicional imagem demoníaca, noturna, devoradora de crianças, causadora de luxúria e vampirismo (ver texto gnóstico na seção de links externos). Podendo ser citados também os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti e John Collier. Lilith também é considerada um dos arquidemônios símbolo da vaidade. O livro Gênesis Proibido - A Tragédia de Adão e Lilith (2014), retrata a saga de Lilith como a primeira mulher posta na Terra.
Ver também
Referências
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Adão e Eva
Lamashtu
Gênesis 1:1

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domingo, 24 de março de 2019
Segredos de enoque
Palavra Que Salva
Livro dos Segredos de Enoque
 palavraquesalva
4 anos ago
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Este Livro-Sagrado não faz parte do Cânon Bíblico e seu conteúdo, em parte, ao longo da história humana, pode ter sido alterado ou gerado de forma fantasiosa. O propósito aqui é fornecer conhecimento sobre a origem das Heresia absorvidas pelas diversas Linhas-Religiosas, assim como também encorpar Verdades que o Cânon-Bíblico deixou a desejar. O fato de um livro apócrifo ter sido escrito já na era cristã, e não na remota antiguidade, não significa dizer que tal “livro” (escrito ou oral) não tenha existido, pois nossos antepassados costumavam repassar, oralmente ou em rabiscos aleatórios, todas as informações para gerações sucessoras. Gênesis é um caso típico, pois, certamente, após um rigoroso apanhado de revelações antigas e inspirado divinamente, Moisés o escreveu. Muito se questiona sobre o porquê de livros da antiguidade não fazerem parte da Bíblia, mas a resposta é muito simples: Uma vez que Gênesis já contém toda coletânea necessária ao nosso conhecimento, e que o Pentateuco inicia-se no Êxodo de Israel, e que nosso atual Livro Sagrado (Bíblia) tem alicerce no Pentateuco, seria ingerência adicionar à Bíblia “livros” ou “ditos orais” anteriores ao Êxodo.
Livro dos Segredos de Enoque.
[Capítulo 1]
[1] HAVIA UM SÁBIO, um grande artífice, e o Senhor dedicou-lhe seu amor e o recebeu, a ponto de fazê-lo testemunhar as mais altas moradas dos maiores e mais sábios e imutáveis reinos do Todo-Poderoso, das mais maravilhosas, gloriosas e brilhantes estações de muitos olhos dos servidores do Senhor, e o inacessível trono do Senhor; e os graus e manifestações e hostes incorpóreas e o inefável ministério e a multidão de elementos, e as várias aparições e o canto indizível das hostes dos Querubins, e a luz infinita.
[2] Naquele tempo, disse ele, quando completei cento e sessenta e cinco anos, gerei meu filho Matusalém.
[3] Depois disso, vivi duzentos anos e, ao todo, minha vida foi de trezentos e sessenta e cinco anos.
[4] No primeiro dia do primeiro mês, estava eu sozinho em minha casa descansando no meu leito, quando adormeci.
[5] E quando estava adormecido, uma grande tristeza tomou conta de meu coração e chorei durante o sono, e não podia entender que tristeza-era aquela, ou o que iria acontecer-me.
[6] E então me apareceram dois homens, extraordinariamente grandes, como eu nunca vira antes na terra; suas fáces resplandeciam como sol e os seus olhos eram como uma chama, e de seus lábios saía um canto e um fogo, variados, cor violeta na aparência; suas asas eram mais brilhantes que o ouro, suas mãos, mais brancas que a neve.
[7] Eles estavam em pé, na cabeceira de meu leito, e puseram-se a chamarme pelo nome.
[8] Acordei e vi claramente aqueles dois homens, de pé, em minha frente.
[9] E saudei-os e fui tomado de medo, e meu semblante transformou-se pelo terror, e os homens disseram:
[10] “Tem coragem, Enoque não temas; o Deus eterno nos mandou a ti e, vê! tu hoje deverás subir aos céus conosco, e deverás dizer a teus filhos e aos da tua família tudo o que deverão fazer na casa durante tua ausência na terra, e não os deixes procurar-te até que o Senhor te devolva a eles.
[11] E não me demorei em obedecê-los e saí de minha casa, como me foi ordenado, chamei meus filhos Matusalém, e Regim, e Gaidad, e contei-lhe todas as maravilhas que me haviam dito aqueles homens.
[Capítulo 2]
A instrução: de como Enoque instruiu seus filhos.
Ouvi-me, meus filhos, não sei aonde vou, ou o que será de mim; entretanto, digo-vos: não vos desvieis de Deus para os vaidosos, que não criaram o Céu e a terra, pois que perecerão junto com os que os adoram, e que o Senhor vos torne confiantes em vosso coração, no temor a Ele. E agora, meus filhos, não deixeis que pensem em me buscar, até que O Senhor me devolva a vós”.
[Capítulo 3]
Da assunção de Enoque: de como os anjos o levaram ao primeiro céu.
Aconteceu que, depois de Enoque ter falado com os filhos, os anjos o levaram em suas asas ao primeiro céu, e o puseram nas nuvens. E aí eu olhei, e olhei outra vez mais para o alto e vi o éter, e eles me puseram no primeiro céu e me mostraram um grande mar maior que o mar da terra.
[Capítulo 4]
De como os anjos dirigem as estrelas.
Trouxeram até mim, os anciãos e os dirigentes das ordens estelares, e mostraram-me duzentos anjos que dirigiam as estrelas e suas funções nos céus, e voaram com suas asas e apareceram todos que navegam.
[Capítulo 5]
De como os anjos mantêm os depósitos de neve.
E aí olhei para baixo e vi as tesourarias da neve, e os anjos que mantêm seus terríveis depósitos, e vi as nuvens que dali saem e para onde vão elas.
[Capítulo 6]
O orvalho e o azeite e várias flores.
Eles me mostraram a tesouraria do orvalho, tal qual azeite de oliva, e a sua forma, assim como todas as flores da terra; além disso, os muitos anjos que guardavam a tesouraria dessas coisas, e como fazem para abrir e fechar.
[Capítulo 7]
De como Enoque foi levado para o segundo céu.
[1] E aqueles homens me tomaram e me conduziram ao segundo céu, e me mostraram as trevas, mais escuras que as da terra, e eu vi prisioneiros atados, vigiados, que aguardavam o grande e infinito julgamento, e esses anjos eram escuros, mais escuros que a escuridão da terra, e os faziam chorar incessantemente, o tempo todo.
[2] E eu disse aos homens que estavam comigo: “Por que motivo estão eles sendo torturados sem parar?” Eles me responderam: “Estes são os infiéis a Deus, que não obedeceram aos mandamentos de Deus, mas que se aconselharam segundo sua própria vontade, e se foram com seu príncipe que também está acorrentado no quinto céu”.
[3] Senti muita pena deles, e eles me saudaram e me disseram: “Homem de Deus, ora por nós ao Senhor”. E eu lhes respondi: “Quem sou eu, um mortal, para que possa orar aos anjos? Quem sabe para onde vou e o que será de mim? Ou quem rezará por mim?”
[Capítulo 8]
[1] E aqueles homens me tomaram, então, e me conduziram ao terceiro céu, e lá me puseram: e olhei para baixo e vi os produtos daquele lugar, que jamais foram conhecidos.
[2] E vi as mais doces árvores floridas e olhei seus frutos e os alimentos que produziam, e todos exalavam as mais doces fragrâncias.
[3] E no meio daquelas árvores, a da vida, naquele lugar onde Deus descansa quando vai para o paraíso; e essa árvore é de uma qualidade e fragrância inefáveis, e mais adornada do que qualquer coisa que existe; e de todos os lados é como o ouro e o cinabre e o fogo, e ela tudo cobre e há proveito de todos os frutos.
[4] Sua raiz está no jardim no fim da terra.
[5] E o paraíso está entre corruptibilidade e a incorruptibilidade.
[6] E de suas fontes brotam mel e leite, e de seus jorros saem óleo e vinho, e eles se separam em quatro partes e vão dar no Paraíso Do Éden, entre a corruptibilidade e a incorruptibilidade.
[7] E dali elas vão à terra, sofrem uma revolução em seu círculo, transformando-se até em outros elementos.
[8] E aqui não há árvore; sem frutos, e todo o lugar é abençoado.
[9] E há trezentos anjos muito brilhantes que guardam o jardim, e com um incessante, doce canto, e com vozes que nunca silenciam, servem o Senhor todas as horas e todos os dias.
[10] E eu disse: “Quão doce é este lugar!” E aqueles homem me disseram:
[Capítulo 9]
De como mostraram a Enoque o lugar dos justos e dos mansos.
“Este lugar, ó Enoque, é preparado para os justos, o que se abstêm de todas as formas das ofensas que vêm daqueles que exasperam sua alma, que preservam seus olhos da iniqüidade e que fazem julgamentos justos, que levam pão aos famintos e cobrem de vestes os nus e levantam os que caíram, que ajudam os órfãos e que andam sem mácula diante do Senhor, e somente a Ele servem. E para estes é preparado este lugar de herança eterna.”
[Capítulo 10]
Aqui eles mostraram a Enoque o lugar terrível e as várias torturas.
[1] E aqueles dois homens me tomaram e me conduziram ao Norte, e me mostraram um lugar terrível onde havia todas as maneiras de torturas: trevas e escuridão sufocantes, nenhuma luz havia lá, mas um fogo escuro constantemente ardia no alto. E havia um rio de fogo que corria, e por todo o lugar havia fogo, e por todo lugar havia geada e gelo, sede e tremores, enquanto que as penas eram muito cruéis. Os anjos temíveis e impiedosos portavam armas terríveis e infligiram torturas tenebrosas, e eu disse:
[2] “Ai, ai, quão terrível é este lugar!”
[3] E aqueles homens me disseram: “Este lugar, ó Enoque, é preparado para os que desonram Deus, que na terra praticam o pecado contra a natureza, que corrompem a criança pela sodomia, feitiçaria demoníaca e encantamentos. E aqueles que apregoam seus feitos maldosos, roubo, mentiras, calúnias, inveja, rancor, fornicação, assassinato, e aqueles que, amaldiçoados, roubam as almas dos homens, que, vendo os pobres, tiram-lhes seus bens; aqueles que, sendo capazes de satisfazer o vazio, deixam os famintos morrer à míngua. sendo capazes de vestir, despem-os nus; e aqueles que não conheceram seu criador, e curvaram a cabeça para deuses sem vida, que não podem nem ver nem ouvir, deuses vaidosos, que também moldaram imagens com muito esforço e curvaram-se a obras imundas; para todos estes é preparado este lugar, em meio aos outros lugares, para a herança eterna.”
[Capítulo 11]
Aqui tomaram Enoque e o levaram ao quarto céu, onde está o curso do sol e da lua.
[1] Aqueles homens me tomaram e conduziram-me ao quarto céu e me mostraram os sucessivos acontecimentos, e todos os raios da luz do sol e da lua.
[2] E eu medi seus movimentos e comparei suas luzes, e vi que a do sol é maior que a da lua.
[3] Seu ciclo e suas órbitas, nos quais eles sempre se movimentam, como um vento de uma velocidade maravilhosa, e o dia e a noite têm um rápido trânsito.
[4] Sua passagem e seu retorno são acompanhados por quatro grandes estrelas, e cada estrela tem sob seu controle mil outras estrelas, à direita da órbita do sol, e quatro à esquerda, cada uma tendo o controle de mil estrelas, ao todo oito mil, seguindo continuamente com o sol.
[5] E de dia, quinze miríades de anjos o assistem e à noite, mil.
[6] E seis alados seguem com os anjos diante da órbita do sol em suas chamas flamejantes, e cem anjos acendem o sol.
[Capítulo 12]
Os muitos e magníficos elementos do sol.
[1] E eu olhei e vi outros elementos voadores do sol, cujos nomes são Fênix e Chalkydri, maravilhosos e magníficos, com pés e caudas na forma de leão, cabeça de crocodilo, e sua aparência escarlate é como o arco-íris; seu tamanho é de novecentas medidas, suas asas são como as dos anjos, cada um tem doze, e atendem e acompanham o sol dando calor e orvalho tal como lhes foi ordenado por Deus.
[2] Assim, o sol gira e vai, e levanta sob a terra, e seu curso vai embaixo da terra com a luz incessante de seus raios.
[Capítulo 13]
[1] Os anjos tomam Enoque e o põem no leste, nos portais do sol. Estes homens levaram-me para o leste e me puseram nos portais do sol, para onde o sol se dirige de acordo com a regulamentação das estações e do circuito dos meses do ano todo, e o número de horas do dia e da noite.
[2] E vi seis portões abertos, cada um com sessenta e um estádios e um quarto de um estádio, e eu realmente o medi, e entendi o porquê desse tamanho tão grande, através do qual o sol se dirige para o oeste, equilibra-se e se levanta durante todos os meses e torna a voltar aos seis portões de acordo com a sucessão das estações; assim o período de um ano completo termina depois da volta das quatro estações.
[Capítulo 14]
Levaram Enoque para o oeste.
[1] E outra vez aqueles homens conduziram-me às paragens do oeste e me mostraram seis grandes portões, que correspondem aos portões do leste, lado oposto onde o sol se põe de acordo com o número de dias, trezentos e sessenta e cinco e um quarto.
[2] Assim, outra vez eleva, vai para os portões do oeste e retira sua luz, a grandiosidade de seu brilho, e vai para baixo da terra e enquanto a coroa de seu brilho está no céu com o Senhor guardada por quatrocentos anjos, o sol gira em sua órbita de baixo da terra, e fica sete horas da noite, e passa metade de seu curso debaixo da terra, quando então vem do lado leste na oitava hora da noite, traz sua luz, a coroa do brilho e o sol ardem em chamas mais que o fogo.
[Capítulo 15]
Os elementos do sol, as Fênix e Chalkydri irromperam em uma canção.
[1] Então os elementos do sol, chamados Fênix e Chalkydri, irromperam em uma canção; conseqüentemente, cada pássaro bateu suas asas, rejubilando-se por aquele que dá a luz, e irromperam em um cântico ao comando do Senhor.
[2] O que dá a luz vem para dar claridade ao mundo todo, e a sentinela da manhã toma forma, que são os raios do sol, e o sol da terra nasce, e ela recebe o brilho que a ilumina toda, e eles me mostraram os cálculos do caminho do sol.
[3] E os portões nos quais ele entra, estes são os grandes portões do cômputo das horas do ano; por essa razão o sol é uma grande criação, cujos circuitos duram vinte e oito anos, para recomeçar do início.
[Capítulo 16]
Tomaram Enoque outra vez e o puseram ao leste, no curso da lua.
[1] Aqueles homens mostraram-me outro curso, o da lua; doze grandes portões, coroados de oeste a leste, pelo qual a lua vai e vem nos tempos usuais.
[2] Ela entra no primeiro portão do lado oeste do sol, pelo primeiro portão com trinta e um dias exatamente, pelo segundo portão com trinta e um dias exatamente, pelo terceiro com trinta e um dias exatamente, pelo quarto com trinta e um dias exatamente, pelo quinto com trinta e um dias exatamente, pelo sexto com trinta e um dias exatamente, pelo sétimo com trinta e um dias exatamente, pelo oitavo com trinta e um dias exatamente, pelo nono com trinta e um dias exatamente, pelo décimo com trinta e um dias exatamente, pelo décimo primeiro com trinta e um dias exatamente, pelo décimo segundo com vinte e oito dias exatamente.
[3] E ela vai através do portão do oeste na ordem e número do leste, e cumpre os trezentos e sessenta e cinco dias e um quarto do ano solar, enquanto que o ano lunar tem trezentos e cinqüenta e quatro dias, e ficamlhe faltando doze dias do ciclo solar, que são as fases lunares de um ano.
[4] Assim, também, o grande ciclo tem quinhentos e trinta e dois anos.
[5] O quarto de um dia é omitido por três anos, e o quarto ano o completa exatamente.
[6] Por isso, eles são tirados do céu por três anos e não são adicionados ao número dos dias porque eles acrescentariam dois novos meses a um ano, no sentido de complementação, e tirariam outros dois, no sentido de diminuição.
[7] E quando os portões do oeste terminam, ela volta e vai ao leste para a luz, e vai desse modo pelos ciclos celestes dia e noite, mais baixo que todos os ciclos, mais rápido que os ventos dos céus, e espíritos e elementos e anjos voando; cada anjo tem seis asas.
[Capítulo 17]
Dos cânticos dos anjos, que é impossível descrever.
No meio dos céus eu vi soldados armados, servindo o Senhor, com tímpanos e órgãos, com vozes incessantes, com doces vozes, com doces e incessantes vozes e vários cânticos, que é impossível de descrever, e que assombra qualquer inteligência, de tão magnífico e maravilhoso que é o cântico daqueles anjos, e eu estava encantado ouvindo-o.
[Capítulo 18]
De como Enoque foi levado ao quinto céu.
[1] Os homens levaram-me ao quinto céu e lá me puseram, e vi muitos e incontáveis soldados, chamados Grigori, de aparência humana, e eram maiores que os maiores gigantes e suas fáces eram sem viço e o silêncio de suas bocas, perpétuo, e não havia qualquer serviço no quinto céu, e eu disse aos homens que estavam comigo:
[2] “Por que eles são tão sem viço e suas faces melancólicas, suas bocas silenciosas, e por que não há serviço neste céu?”
[3] Eles me disseram: “Estes são os Grigori, que com seu príncipe Satanás rejeitaram o Senhor da Luz, e atrás deles estão os que são mantidos nas grandes trevas do segundo céu, e três deles foram para a terra vindos do trono do Senhor, para o Ermon, e quebraram seus votos nas encostas da colina do Ermon, e viram como eram bonitas as filhas dos homens e tomaram-nas por esposas e sujaram o mundo com suas obras, e durante todo o tempo de sua estada cometeram ilegalidade e promiscuidade, e nasceram gigantes e impressionantes homens grandes e grandes inimizades.
[4] E por isso Deus julgou-os com um grande julgamento e eles choraram por seus irmãos e serão punidos no grande dia do Senhor.
[5] E eu disse aos Grigori: “Eu vi vossos irmãos e suas obras e seus grandes tormentos, e rezei por eles, mas o Senhor condenou-os a estar embaixo da terra até o céu e a terra se acabarem”.
[6] E eu disse: “Por que razão esperais, irmãos, e não servis diante da face do Senhor e por que não pusestes vossos serviços diante da face do Senhor, para que o Senhor não se enraivecesse tanto?”
[7] E eles ouviram minhas admoestações e falaram para as quatro ordens do céu, e vede! enquanto eu estava com esses dois homens, quatro trombetas soaram juntas bem alto, e os Grigori irromperam em um cântico uníssono, e suas vozes foram até o Senhor cheias de piedade e afeição.
[Capítulo 19]
De como Enoque foi levado ao sexto céu.
[1] E então aqueles homem tomaram-me e me puseram no sexto céu, e lá vi sete grupos de anjos, muito brilhantes e gloriosos, e suas faces brilhavam mais que o sol resplandecendo e não havia diferenças em suas faces, comportamento ou maneira de vestir-se; e eles fazem as ordens e aprendem o movimento das estrelas, a alteração da lua ou a revolução do sol e o bom governo do mundo.
[2] E, quando eles vêem coisas ruins, fazem os mandamentos e dão instruções e cânticos doces e altos, e todos são cânticos de louvor.
[3] Esses são os arcanjos, que estão acima dos anjos, e eles avaliam toda a vida no céu e na terra e os anjos que estão designados para as estações do ano, os anjos que cuidam dos rios e dos mares, e os que cuidam dos frutos da terra, e os que cuidam de toda a vegetação, dando comida para todos, e os anjos que anotam todas as almas dos homens e todos os seus feitos e todas as suas vidas diante da face do Senhor; em meio deles estão seis Fênix e seis querubins e seis com seis asas, continuamente com uma voz cantante, e não é possível descrever seus cânticos e seu júbilo diante do Senhor, aos pés do Senhor.
[Capítulo 20]
Então levaram Enoque para o sétimo céu.
[1] E aqueles dois homens levaram-me até o sétimo céu, e lá vi uma grande luz e as flamejantes hostes dos grandes arcanjos, milícias incorpóreas, e dominações, ordens e governos, querubins e serafins, tronos e alguns de muitos olhos, nove regimentos, as estações de luz Ioanitas, e tive medo, e comecei a tremer com grande terror, e aqueles homens tomaram-me e me conduziram e me disseram:
[2] “Tem coragem, Enoque, não temas”, e mostraram-me o Senhor ao longe, sentado em seu trono muito alto. Pois o que haverá no décimo céu, se o Senhor aqui habita?
[3] No décimo céu está Deus, na língua hebraica ele é chamado Aravat:
[4] E todas as hostes celestes viriam e ficariam nos dez degraus, de acordo com sua posição, e se curvariam ao Senhor e novamente voltariam aos seus lugares em alegria e felicidade, entoando cânticos na luz ilimitada com vozes suaves, servindo-o com glória.
[Capítulo 21]
De como os anjos deixaram Enoque ali no fim do sétimo céu e se foram.
[1] E os querubins e serafins que estavam perto do trono, os de seis asas e muitos olhos não se afastaram da face do Senhor, fazendo sua vontade e rodeando seu trono, cantando com doces vozes diante da face do Senhor: “Santo, Santo, Santo, Senhor Soberano de Sabaoth, céus e terra estão pleitos de tua glória”.
[2] Quando vi essas coisas, aqueles homens disseram-me: “Enoque, foi-nos ordenado que viajássemos até aqui contigo”, e esses homens se foram e não mais os vi.
[3] E fiquei só no fim do sétimo céu e fiquei com medo e caí de face no chão e disse a mim mesmo: “Ai de mim, que será de mim?”
[4] E o Senhor enviou-me um de seus gloriosos, o arcanjo Gabriel, e ele me disse: “Tem coragem, Enoque, não temas, levanta-te diante da face do Senhor na eternidade, levanta-te e vem comigo”.
[5] E eu lhe respondi e disse para mim mesmo: “Meu Senhor, minha alma saiu de mim pelo terror e pelos tremores”, e chamei pelos homens que me haviam conduzido a esse lugar, eu havia confiado neles, e com eles estive diante da face do Senhor.
[6] E Gabriel pegou-me como a uma folha que é apanhada pelo vento e colocou-me diante da face do Senhor.
[7] E eu vi o oitavo céu, que é chamado na língua hebraica de Muzaloth, o que muda as estações, a seca e a umidade e os doze signos do zodíaco, que estão acima do sétimo céu.
[8] E eu vi o nono céu, que é chamado em hebraico Kuchavim, onde estão as casas celestes dos doze signos do zodíaco.
[Capítulo 22]
[1] No décimo céu, Aravoth, vi como era a face do Senhor, como o ferro que arde no fogo e que, ao sair, emite faíscas e queima.
[2] Assim vi a face do Senhor, mas a face do Senhor é inefável, maravilhosa e muito sublime e muito terrível.
[3] E quem sou eu para falar sobre o inexprimível ser do Senhor e sua magnificente face? E não posso contar a quantidade de suas muitas instruções e várias vozes, o trono do Senhor muito grande, que não foi feito por mãos, nem a quantidade daqueles que o rodeiam, hostes de querubins e serafins nem seus cantos incessantes nem sua imutável beleza, e quem pode falar da grandiosidade de sua glória?
[4] E devo inclinar-me e reverenciar o Senhor, e o Senhor com seus lábios, disse-me:
[5] “Tem coragem, Enoque não temas, levanta-te diante de minha face na eternidade”.
[6] O arquigeneral Miguel levantou-se e conduziu-me diante da face do Senhor.
[7] E o Senhor disse aos seus servos pondo-os à prova: “Deixa que Enoque se ponha diante de minha face na eternidade”, e os gloriosos curvaram-se ante o Senhor e disseram: “Que Enoque vai segundo tua palavra”.
[8] E o Senhor disse a Miguel: “Vai e despoja Enoque de suas vestes terrestres e unge com meu doce bálsamo, e veste o com os vestidos de minha glória”.
[9] E Miguel assim o fez, tal qual o Senhor lhe ordenara. Ele me ungiu, vestiu-me, e o aspecto daquele bálsamo é mais que a grande luz, é como o doce orvalho e seu perfume, suave brilhante como um raio de sol e olhei para mim mesmo, e eu estava como seus gloriosos.
[10] E o Senhor convocou um de seus arcanjos chamado Pravuil, mais forte em sabedoria do que qualquer outro arcanjo, que escrevera todas as obras do Senhor, e o Senhor disse a Pravuil:
[11] “Traz aqueles livros de meus depósitos e uma pena de escrita rápida, e dá-os a Enoque e incumbe-o da escolha dos livros.”
[Capítulo 23]
De como Enoque escreveu, como ele escreveu sua maravilhosa jornada e as aparições celestiais, e ele escreveu trezentos e sessenta e seis livros.
[1] E ele me falava sobre todas as obras do céu, terra e mar, e todos os elementos, suas passagens e cursos, e o tremendo ruído do trovão, o sol e a lua, os cursos e as mudanças das estrelas, das estações, anos, dias e horas, de como se formam os ventos, o número dos anjos e a formação de seus cânticos, e todas as coisas humanas, a língua de cada cântico e vida humana, os mandamentos, instruções, e os doces cânticos, e todas as coisas que são feitas para serem aprendidas.
[2] E Pravuil disse-me: “Todas as coisas que te disse, temo-las por escrito. Senta-te e relaciona todas as almas da humanidade, ainda que muitas delas já tenham nascido, e os lugares preparados para elas na eternidade; pois que todas as almas são preparadas para a eternidade, antes mesmo da formação do mundo”.
[3] E tudo se repetiu por trinta dias e por trinta noites, e eu escrevi todas as coisas com exatidão, e escrevi trezentos e sessenta e seis livros.
[Capítulo 24]
Os grandes segredos de Deus, que Deus revelou e contou a Enoque, e falou lhe face a face.
[1] E o Senhor chamou-me e disse-me: “Enoque, senta-te à minha esquerda com Gabriel”.
[2] E eu curvei-me diante do Senhor, e o Senhor falou-me: “Enoque, amado, tudo que vês já pronto, eu te digo que já era mesmo antes do início, pois que tudo isso eu criei do não-ser, as coisas visíveis do invisível.
[3] “Ouve, Enoque, e aceita minhas palavras, pois nem a meus anjos contei meus segredos, e não lhes contei sobre seu surgimento, nem falei-lhes do meu reino infinito nem entenderam meu ato de criação, que hoje conto a ti”.
[Capítulo 25]
Deus conta a Enoque como de trevas tão baixas emergiram o visível e o invisível.
[1] “Nas partes mais baixas, ordenei que as coisas visíveis descessem do invisível, e Adoil desceu muito grande, olhei-o e ele tinha um ventre de grande luz.
[2] “E eu lhe disse: `Parte-te, Adoil, e deixa que o visível saia de ti.
[3] “E ele partiu-se e uma grande luz saiu dele. E eu .estava em meio à grande luz; e como a luz se faz da luz, nasceu uma grande era, e mostrou toda a criação, que eu havia pensado em criar.
[4] “E eu vi que era bom.
[5] “E dispus para mim um trono e sentei-me nele, e disse para a luz: Vai mais alto e firmas-te acima do trono, sê um princípio para as coisas elevadas.
[6]- “E nada há acima da luz, e aí eu me inclinei e olhei de meu trono.
[Capítulo 26]
Pela segunda vez Deus chama Archas, pesado e vermelho, para que ele saia do mais baixo.
[1] “E eu chamei o mais baixo pela segunda vez e disse: Deixa que Archas saia com força do invisível.
[2] “E Archas veio, duro, pesado e muito vermelho.
[3] “E eu disse: Abre-te, Archas, e deixa nascer de ti, e ele abriu-se e uma era nasceu, muito grande e muito escura, causando a criação de todas as coisas mais vulgares, e que vi que era bom e disse-lhe:
[4] ‘Vai para baixo e estabelece-te, torna-te base para as coisas vulgares’, e aconteceu que ele desceu e fixou-se e tornou-se a base para as coisas vulgares, e abaixo das trevas nada mais há.
[Capítulo 27]
De como Deus fez a d’água e rodeou-a de luz, e estabeleceu nela sete ilhas.
[1] “E ordenei que fosse retirado da luz e das trevas, e disse: Torna-te espesso, e assim foi, e o espalhei com a luz, e ele tornou-se água, e o espalhei nas trevas, abaixo da luz, e tornei as águas sólidas. “Eu as fiz sem fundo, tendo como base a luz. E criei sete círculos a partir do interior, e tornei a água parecida com o cristal úmido e seco, igual ao vidro e formei um círculo de águas e outros elementos. E mostrei a cada um deles o seu caminho e ordenei o movimento de cada uma das sete estrelas em seu céu, e vi que isto era bom.
[2] “Dividi a luz das trevas. E disse para a luz que ela seria dia e as trevas noite, e houve noite e manhã no primeiro dia.
[Capítulo 28]
A Semana na qual Deus mostrou a Enoque toda a sua sabedoria e poder, durante os sete dias, de como ele criou todas as forças celestiais e terrestres e todas as coisas que se movem, até chegar ao homem.
[1] “Tornei então sólido o círculo celeste e ordenei às águas que estavam abaixo do céu, que se juntassem em um mesmo lugar, em um todo, e que o caos se tornasse seco, e assim se fez.
[2] “Das ondas criei pedras grandes e sólidas, e da pedra juntei o árido, e chamei o árido terra, e o centro da terra chamei de abismo, ou seja, o sem fundo. Juntei os mares num mesmo lugar, e uni-os com uma cadeia.
[3] “E disse ao mar: Vê, donde teus limites eternos, e tu não haverás de libertar-te de tuas partes constituintes.
[4] “E assim criei depressa o firmamento. A este dia eu próprio chamei de primeiro criado.”
[Capítulo 29]
Depois veio a noite, e outra vez a manhã, e foi o segundo dia. A Essência Ígnea.
[1] “Para todas as hostes celestes imaginei a imagem e a essência do fogo, e meu olhar olhou a pedra muito dura e, do lampejo do meu olhar, o relâmpago recebeu sua natureza maravilhosa, que é tanto fogo na água como água no fogo, a água não apaga o fogo, nem o fogo seca a água, no entanto o relâmpago é mais luminoso do que o sol, mais suave que a água e mais firme do que a pedra.
[2] “E da pedra extraí um grande fogo, com o qual criei as ordens de dez hostes de anjos incorpóreos, e suas armas são de fogo e seus trajes, uma chama candente, e ordenei a cada um que se colocasse em sua posição.
De como Satanás foi, com seus anjos, precipitado das alturas.
[3] “E um dos anjos, tendo saído de sua hierarquia e se desviado para uma hierarquia abaixo da sua, concebeu um pensamento impossível: colocar o seu trono acima das nuvens que se encontram sobre a terra, para que seu poder se igualasse ao meu.
[4] “Precipitei-o do alto com seus anjos, e ele pôs-se a voar por cima do abismo, continuamente.
[Capítulo 30]
“E então criei todos os céus,e assim se fez o terceiro dia”.
[1] “No terceiro dia, ordenei à terra que produzisse grandes árvores frutíferas e montanhas e sementes para a semeadura, e implantei o Paraíso e cerquei-o com guardiões armados, como anjos flamejantes, e deste modo criei a renovação.
[2] “E veio a noite, e da manhã se fez o quarto dia.
[3] “Neste dia ordenei que se fizessem grandes luzeiros nos círculos celestes.
[4] “No círculo mais elevado, coloquei a estrela Kruno, no segundo círculo coloquei Afrodite, no terceiro Áries, no quinto Zeus, no sexto Hermes, no sétimo a lua adornada com as estrelas menores.
[5] “E no círculo inferior, coloquei o sol para iluminar o dia, e a lua e as estrelas para iluminar a noite.
[6] “E para que o sol pudesse deslocar-se de acordo com cada animal do zodíaco, decretei a sucessão de doze meses com seus nomes e duração, seus trovões, suas marcações de tempo e sua seqüência.
[7] “E da noite e da manhã se fez o quinto dia.
[8] “No quinto dia, ordenei ao mar que produzisse peixes, e criei aves emplumadas de muitas espécies e todos os animais que rastejam sobre a terra, os de quatro patas que andam na terra e criei aqueles animais que levantam vôo, ambos macho e fêmea, e toda alma respirando o espírito da vida.
[9] “E da noite e da manhã se fez o sexto dia.
[10] “No sexto dia fiz uso da minha sabedoria para criar o homem de sete graus de densidade: um, a sua carne da terra; dois, o seu sangue do orvalho; três, os seus olhos do sol; quatro, seus ossos da pedra; cinco, a sua inteligência da vivacidade dos anjos e da nuvem; seis, suas veias e seu cabelo das plantas da terra; sete, a sua alma do meu sopro e do vento.
[11] “E dei-lhe sete naturezas: a carne para a audição, os olhos para a visão, a alma para o olfato, o sangue para o tato, os ossos para a resistência, e a inteligência para a doçura e o regozijo.
[12] “Formulei uma máxima adequada: criei o homem da natureza invisível e visível. De ambas provêm sua morte, sua vida e imagem, ele conhece o poder da palavra como algo criado, pequena na grandeza e grande na pequenez. E coloquei na terra um segundo anjo, nobre, grande e glorioso, e o designei como governante na terra para que tivesse a minha sabedoria. E não havia ninguém igual a ele entre todas as criaturas existentes.
[13] “Dei-lhe um nome baseado nas quatro partes componentes, do leste, oeste, sul e norte, e designei-lhe quatro estrelas especiais, e o chamei pelo nome de Adão e mostrei-lhe os dois caminhos, o da luz e o das trevas, e disse-lhe:
[14] “`Isto é bom e isso é mau, para saber se ele nutre amor ou ódio por mim, para saber quem dentre sua gente me ama.
[15] “Pois conheço sua natureza, mas ele próprio não enxergou, portanto, por não tê-la enxergado, ele pecará mais, e eu disse: Além do pecado, que há senão a morte?
[16] “Mandei-lhe um sono profundo e ele dormiu. Tirei-lhe uma das costelas, e com ela criei uma mulher para que a morte lhe viesse através desta sua mulher, e tomei sua última palavra e pus-lhe o nome de mãe de todos os viventes, ou seja, Eva.
[Capítulo 31]
Deus deu a Adão o Paraíso, e capacita-o a ver os céus abertos e os anjos entoando a canção da vitória.
[1] “Adão irá viver na terra, e eu criei um jardim no éden, ao leste, para que ele pudesse cumprir o testamento e manter a ordem.
[2] “Fiz com que os céus se abrissem diante dele para que pudesse ver os anjos cantando o hino da vitória e a luz resplandecente.
[3] “Ele permaneceu no paraíso, e o demônio entendeu que eu queria criar outro mundo porque Adão era senhor na terra, para comandá-la e controlála.
[4] “O demônio é o gênio do mal das regiões inferiores, como um fugitivo, ele criou Sotona a partir dos céus, por ser seu nome Satanás, por isso ele se tornou diferente dos anjos, mas a sua natureza não modificou a sua inteligência quanto ao entendimento do certo e do errado.
[5] “E ele entendeu sua condenação e o pecado que cometera, por essa razão, alimentou ressentimentos contra Adão, de tal forma que entrou em seu mundo e seduziu Eva mas não atingiu Adão.
[6] “Amaldiçoei a ignorância, mas o que eu havia abençoado anteriormente, isso eu não amaldiçoei, nem amaldiçoei o homem, nem a terra nem as outras criaturas, mas o fruto e as obras ruins do homem.
[Capítulo 32]
Depois do pecado de Adão, Deus devolve-o à terra “de onde eu o tomei, mas não pretendo destruí-lo nos anos que virão”.
[1] “Disse-lhe: Tu és terra e à terra da qual te tirei, tu hás de tornar, não te destruirei mas devolver-te-ei de onde te tomei.
[2] “‘Então, poderei tomar-te de volta na minha segunda vinda’.
[3] “E abençoei todas as minhas criaturas, visíveis e invisíveis. E havia cinco horas e meia que Adão estava no paraíso.
[4] “Abençoei o sétimo dia, o Sábado, quando descansei de todas as minhas obras.
[Capítulo 33]
Deus mostra a Enoque a idade deste mundo, sua existência de sete mil anos, e oito mil anos é o fim, nem anos nem meses, nem semanas, nem dias.
[1] “E designei o oitavo dia como sendo o primeiro dia criado após a minha obra, e os sete primeiros como sendo ciclos de sete mil, e no início dos oito mil, estipulei um tempo incontável, infinito, não medido por anos, meses, semanas, dias, ou horas.
[2] “E agora, Enoque, todas as coisas das quais te falei, tudo que entendeste, tudo que viste das coisas celestes, tudo que viste na terra e todas as coisas que escreveste neste livro pela minha grande sabedoria, todas essas coisas eu idealizei e criei do mais alto ao mais baixo, e aqui não há conselheiro ou herdeiro de minhas criações.
[3] “Sou eterno e não criado por mãos e sem mudanças.
[4] “Meu pensamento é meu conselheiro, minha sabedoria e minha palavra são feitas, e meus olhos observam todas as coisas como aqui são e como tremem de terror.
[5] “Se viro minha face, então todas as coisas serão destruídas.
[6] “Por isso usa a tua inteligência, Enoque, conhece aquele que te fala, e cuida dos livros que escreveste.
[7] “Dou-te os anjos Samuil e Raguil, aqueles que te trouxeram a mim, e desce à terra, diz a teus filhos todas as coisas que te contei e tudo que viste, do céu mais baixo até o meu trono aqui em cima, e todas as hostes.
[8] “Pois criei todas as forças, e nenhuma se opõe ou deixa de se submeter a mim. Todos se submetem à minha autoridade e obedecem ao meu poder, e trabalham sob meu comando.
[9] “Dá-lhes os manuscritos e eles irão lê-los e saberão que sou o criador de todas as coisas, e entenderão que não há outro Deus além de mim.
[10] “E deixa-os distribuir teus manuscritos, de filho para filho, de geração para geração, de raça para raça.
[11] “E dar-te-ei, Enoque, meu mediador, o arquigeneral Miguel, pois os manuscritos de teus pais Adão e Seth, Enos, Caim, Mahaleleel e Jared, teu pai, não serão destruídos até o fim dos tempos.
[12] “Revelei a meus anjos Drioch e Marioch como mapeei a terra e ordenei que as gerações fossem preservadas, e que os manuscritos de vossos pais fossem preservados, de forma a não perecerem no dilúvio que eu lançarei sobre os homens.
[Capítulo 34]
Deus condena os idólatras e fornicadores sodomitas e, por isso, faz recair sobre eles o dilúvio.
[1] “Eles rejeitaram meus mandamentos e meu jugo, tornando-se, assim, sementes inúteis, não temendo a Deus, não me reverenciando, mas abaixando a cabeça a deuses vaidosos, e negaram minha unidade, e encheram a terra com mentiras, ofensas, luxúrias abomináveis, a saber, uns com os outros, e toda a sorte de sujas maldades, que seriam desagradáveis de serem nomeadas.
[2] “E por essa causa farei recair sobre a terra um dilúvio e destruirei todos os homens, e toda a terra sucumbirá às trevas.
[Capítulo 35]
Deus deixa um justo da tribo de Enoque e toda a sua casa, porque ele fora obediente à vontade de Deus.
[1] “Vê, de suas sementes levantar-se-á outra geração, muito mais para diante, mas muitos dentre eles serão insaciáveis.
[2] “Aquele que criar essa geração deverá revelar aos seus esses manuscritos de seus pais, para aqueles aos quais será mostrada a custódia do mundo, aos fiéis a mim, que não usam meu nome em vão.
[3] “E eles deverão contar às outras gerações, que ao lerem serão glorificadas, depois, mais que as primeiras.
[Capítulo 36]
Deus ordena a Enoque que viva na terra por trinta dias. para que dê aos seus filhos instruções, e aos filhos de seus filhos. Depois dos trinta dias tornará a ser levado ao céu.
[1] “Agora, Enoque, dou-te o prazo de trinta dias para que o passes em tua casa, e digas aos teus filhos e aos de tua casa, que todos deverão ouvir diretamente de minha face, que não há outro Deus além de mim.
[2] “E que eles deverão sempre manter meus mandamentos, e começar a ler e crer nos teus manuscritos.
[3] “E depois de trinta dias, mandarei meu anjo para tirar-te da terra e de teus filhos, para que venhas a mim.”
[Capítulo 37]
Deus convoca um anjo.
[1] E o Senhor chamou um dos anjos mais velhos, terrível e ameaçador, e colocou-o a meu lado; ele era branco como a neve, suas mãos como o gelo, assemelhava-se à geada, e ele congelou minha face, porque eu não podia agüentar o terror que sentia pelo Senhor, assim como não podia agüentar o fogo do fogão, e o calor do sol e a geada.
[2] E o Senhor me disse: “Enoque, se tua face não congelar aqui, nenhum homem será capaz de olhar tua face”.
[Capítulo 38]
Matusalém continuou a manter sua esperança e a esperar por seu pai Enoque noite e dia ao pé de seu leito.
[1] E O Senhor disse a esses homens que me haviam levado até ele: “Deixai que Enoque desça à terra convosco e esperai por ele até o dia determinado”.
[2] E, à noite, eles me puseram em meu leito.
[3] E Matusalém, que esperava minha volta, mantendo-se vigilante à minha cabeceira, ficou maravilhado quando me ouviu chegar, e eu lhe disse: “Que os de minha casa se reúnam, pois vou-lhes contar tudo”.
[Capítulo 39]
A piedosa admoestação de Enoque aos seus filhos, com lágrimas e grandes lamentos enquanto ele falava.
[1] Oh meus filhos, meus amados, ouvi as admoestações de vosso pai, pois essa é a vontade do Senhor.
[2] Foi-me concedido estar convosco para vos anunciar, não de meus lábios, mas dos lábios do Senhor, tudo que é e que foi e tudo que é agora, e tudo que será até o dia do julgamento.
[3] Pois o Senhor permitiu que eu viesse até vós, portanto, ouvi as palavras de meus lábios, mas sou aquele que viu a face do Senhor, e como o ferro no fogo, ela lança centelhas que queimam.
[4] Vós olhais meus olhos agora, os olhos de um homem que para vós é grande, mas vi os olhos do Senhor, brilhando como os raios do sol e enchendo os olhos do homem com terror.
[5] Meus filhos, vós vedes a mão direita de um homem que vos auxilia, mas eu vi a mão direita do Senhor preenchendo todo o céu quando ele me ajudou.
[6] Vós vedes a extensão da minha obra da mesma forma que vedes a vossa, mas eu vi a extensão ilimitada e perfeita da obra do Senhor.
[7] Vós ouvis as palavras da minha boca, da mesma forma que eu ouvi as palavras do Senhor, parecendo-se a um trovão violento e incessante, como nuvens que se arremessam umas contra as outras.
[8] Agora, ouvi as declarações do pai da terra. E sabeis quão temível é apresentar-se diante do governante da terra. Pensai quão terrível e impressionante é apresentar-se diante do governante do céu, o senhor dos vivos e dos mortos, e das hostes celestiais. Quem poderia suportar essa dor infinita?
[Capítulo 40]
Enoque admoesta seus filhos sobre todas as coisas que ouviu dos lábios do Senhor, de como ele viu e ouviu e escreveu.
[1] Ouvi, agora, meus filhos, aquelas coisas que chegaram a mim pelos lábios do Senhor e o que meus olhos viram do início ao fim.
[2] Eu sei de todas as coisas e escrevi sobre elas em livros referentes aos céus e seu fim, sua plenitude, seus exércitos e seus avanços.
[3] Medi e descrevi as estrelas, a imensa multidão delas.
[4] Que homem já viu suas revoluções e seu surgimento? Nem mesmo os anjos sabem quantas são; contudo, registrei todos os seus nomes.
[5] E medi a órbita do sol, medi seus raios, contei as horas, anotei tudo quanto existe na terra, como as coisas são alimentadas, como todas as sementes produzidas pela terra são semeadas ou rejeitadas, sobre todas as plantas, cada erva e cada flor, a respeito de suas suaves fragrâncias, seus nomes, e sobre o lugar onde residem às nuvens, sua composição e suas asas e como elas produzem pingos de chuva.
[6] E escrevi sobre o curso seguido pelo trovão e pelo raio, e eles me mostraram suas chaves e seus guardiões, sua origem, seu movimento. O trovão e o raio são liberados por uma cadeia de justa proporção para que uma cadeia de violência selvagem e precipitada não lance nuvens ameaçadoras e destrua todas as coisas na terra.
[7] E escrevi sobre os depósitos preciosos de neve, do frio e dos ventos glaciais, e observei como o guardião das chaves de todas as estações supre as nuvens com neves e ventos mas nunca exaure as reservas.
[8] E escrevi sobre os lugares de descanso dos ventos e observei e vi como os guardiões das chaves dominam balanças e medidas; primeiro, eles pesam as estações nos pratos da balança e as distribuem habilmente sobre toda a terra, para que um sopro violento não sacuda a terra.
[9] E conferi as dimensões de toda a terra, de suas montanhas, colinas, campos, árvores, pedras, rios. Registrei a altura da terra até o sétimo céu e até o inferno mais abissal, o local do julgamento, o imenso e cavernoso vale das lágrimas.
[10] E vi quanto padecem seus cativos, à espera do julgamento sem limites.
[11] E registrei todos aqueles que foram julgados pelo juiz, todas as suas punições, e todas as suas obras.
[Capítulo 41]
De como Enoque lamentou o pecado de Adão.
[1] E vi os antepassados de todos os tempos com Adão e Eva, e lamentei e chorei, comentando sua ruína e desonra.
[2] Ai de mim pela minha fraqueza e pela de meus antepassados”, e pensei em meu coração e disse:
[3] “Abençoado o homem que não nasceu, ou nasceu e não pecou diante da face do Senhor, que não veio a esse lugar, nem trouxe desgraça a esse lugar.”
[Capítulo 42]
De como Enoque viu os guardiões das chaves e os guardas nos portões do inferno.
[1] Eu vi os guardiões das chaves e os guardas dos portões do inferno, como grandes serpentes, e suas faces como luzeiros apagados, e seus olhos como fogo, seus dentes afiados, e vi todas as obras do Senhor, como são justas, enquanto que as dos homens algumas são boas, outras ruins, e em suas obras são conhecidos os que mentem maldosamente.
[Capítulo 43]
Enoque mostra a seus filhos como ele mediu e escreveu os julgamentos de Deus.
[1] Eu, meus filhos, medi e escrevi cada obra e cada medida e cada julgamento justo.
[2] Como cada ano é mais ilustre que o outro, assim também um homem é mais ilustre que o outro, alguns por grandes posses, alguns por sabedoria no coração, alguns pelo intelecto, alguns por argúcia, um pelo silêncio de seus lábios, outro pela retidão, um pela força, outro pelo comportamento, um pela juventude, outro pela articulação rápida, um pela forma do corpo, outro pela sensibilidade, mas nenhum é melhor do que aquele que teme a Deus, pois que será mais glorioso no tempo que advirá.
[Capítulo 44]
Enoque instruiu seus filhos para que não injuriem qualquer homem, pequeno ou grande.
[1] O Senhor tendo criado o homem com suas mãos, à sua semelhança, fêlo pequeno e grande.
[2] Aquele que injuriar a face do que comanda, e odiar a face do Senhor e desprezá-la, e aquele que soltar sua raiva sobre alguém, sem ter sido injuriado, a grande raiva do Senhor o consumirá, aquele que cuspir injuriosamente na face de um homem, será condenado no grande julgamento.
[3] Bendito é o homem que não dirige seu coração com maldade contra homem algum, e ajuda os injuriados e condenados, e levanta os que estão caídos, os que fazem caridade aos necessitados, porque no dia do julgamento cada peso, cada medida e cada adicional estarão como no mercado, ou seja, estarão nas balanças e ficarão no mercado, e cada um conhecerá sua própria medida, e de acordo com essa medida terá sua recompensa.
[Capítulo 45]
Deus mostra como ele não quer sacrifícios dos homens, nem sacrifícios pelo fogo, mas corações puros e contritos.
[1] Quem se apressar para fazer oferendas diante da face do Senhor, de sua parte, também vai apressar aquela oferenda aceitando sua obra.
[2] Mas aquele que aumentar sua luz diante da face do Senhor e não fizer um julgamento verdadeiro, o Senhor não aumentará seu tesouro no reino do altíssimo.
[3] Quando o Senhor pede pão, ou velas, ou gado, ou qualquer outro sacrifício, isso não é nada; mas Deus pede corações puros, com isso somente quer testar o coração do homem.
[Capítulo 46]
De como um governante terreno não aceita do homem presentes execráveis e sujos, assim também Deus não pode aceitá-los, com maior razão, mas rejeita-os com raiva.
[1] Ouvi, meu povo, e aceitai-o dos meus lábios.
[2] Se alguém traz qualquer presente para um governante terreno, com pensamentos desleais em seu coração, e o governante o percebe, não ficará ele com raiva e não o porá sob julgamento?
[3] Ou se um homem se faz de bom a outro pelo ardil de sua língua, porém, com a maldade no coração, será que o outro não perceberá a maldade que vem do coração, e não será ele condenado, desde que sua mentira ficou visível?
[4] E quando o Senhor mandar uma grande luz, então haverá julgamento para o justo e o injusto, e aí ninguém escapará à observação.
[Capítulo 47]
Enoque transmite a seus filhos as instruções vindas dos lábios de Deus e lhes entrega este livro.
[1] E agora, filhos, guardai bem as palavras de vosso pai, pois todas vieram dos lábios de Deus.
[2] Pegai e lede estes livros escritos pelo vosso pai.
[3] Através destes livros, todos aprendereis sobre todas as obras do Senhor, desde o início da criação até o fim dos tempos.
[4] E se os observardes atentamente, não pecareis contra o Senhor. Não há outro igual a Deus no céu, na terra, nas regiões abissais, e nem em toda a base una.
[5] O Senhor estabeleceu as bases no desconhecido e jogou para fora do céu o visível e o invisível. Ele assentou a terra sobre as águas e criou incontáveis criaturas, e quem já contou a água e as bases do que é móvel, ou o pó da terra ou a areia do mar ou as gotas da chuva ou o orvalho matutino ou os sopros do vento? Quem povoou a terra e o mar e o inverno indissolúvel?
[6] Ele arrancou as estrelas do próprio fogo e decorou com elas o céu e o colocou no meio delas.
[Capítulo 48]
Da passagem do sol através dos sete círculos.
[1] O sol percorre sete círculos celestiais, que são a designação de cento e oitenta e dois tronos, e ele desce em um dia curto e outra vez cento e oitenta e dois, e desce em um dia longo, e ele tem dois tronos nos quais ele descansa, evoluindo de cá para lá acima dos tronos dos meses, do décimo sétimo dia do mês Tsivan ele desce ao mês Thevan, do décimo sétimo do Thevan ele sobe.
[3] E assim ele se aproxima da terra, e a terra se alegra e faz com que nasçam seus frutos, e quanto ele se vai, então aterra se entristece, e as árvores e os frutos não florescem.
[4] Tudo isso mede em horas, com precisas medições de horas, e fixada uma medida pela sua sabedoria, do visível e do invisível.
[5] Do visível ele faz todas as coisas visíveis, sendo ele mesmo invisível.
[6] Por isso, deixo-vos claro, meus filhos, distribuí os livros a vossos filhos, para que passem às gerações, e entre todas as nações que têm temor a Deus, que eles os recebam, e que possam vir a amá-los mais que qualquer alimento ou doçuras terrenas, que eles os leiam e os apliquem em si mesmos.
[7] E aqueles que não entenderem o Senhor, que não temerem a Deus, que não o aceitarem, mas o rejeitarem, que não receberem os livros, um terrível julgamento os aguarda.
[8] Bendito o homem que suportar seus encargos e arrastá-los com eles, pois que serão aliviados no dia do grande julgamento.
[Capítulo 49]
De como Deus pede que sejamos humildes, que suportemos as agressões e os insultos, e que não ofendamos as viúvas e os órfãos.
[1] Registrei por escrito toda obra realizada pelo homem e nenhum ser nascido na terra pode permanecer escondido e nem suas obras ocultas. Vejo todas as coisas.
[3] Portanto, meus filhos, na paciência e na humildade, vivei os dias de vossa existência para que possais herdar a vida eterna.
[4] Pelo amor ao Senhor, suportai toda ofensa e insulto, toda maledicência e agressão.
[5] Se atos de injustiça forem cometidos em relação a vós, não retribuais ao próximo ou ao inimigo, pois o Senhor o fará por vós e será o vosso vingador no dia do grande julgamento, para que não haja ato algum de vingança entre os homens.
[6] Aquele dentre vós que gastar ouro ou prata pelo amor a seu irmão receberá grandes recompensas no mundo vindouro.
[7] Não injurieis as viúvas, os órfãos ou os estrangeiros, para que a ira de Deus não se abata sobre vós.
[Capítulo 50]
Enoque instrui seus filhos a não esconder tesouros na terra, mas pede-lhes que dêem esmolas aos pobres.
[1] Estendei a mão aos pobres de acordo com vossa capacidade.
[2] Não escondais vossa prata na terra.
[3] Ajudai o homem fiel na sua aflição, e a aflição não vos encontrará na hora do seu infortúnio.
[4] E suportai qualquer provação dolorosa e cruel que se abater sobre vós pelo amor ao Senhor, e tereis assim a vossa recompensa no dia do julgamento.
[5] É bom dirigir-vos de manhã, ao meio-dia e à tarde à morada do Senhor, para a glória do vosso criador.
[6] Porque todo elemento que respira o glorifica, e toda criatura visível e invisível dirige-lhe louvores.
[Capítulo 51]
Deus instrui seus fiéis de como eles devem louvar seu nome.
[1] Bendito é o homem que abre seus lábios para louvar o Deus Sabaoth e louva o Senhor com seu coração.
[2] Maldito o homem que abrir seus lábios para trazer desonra e calúnia a seu próximo, porque ele traz Deus à desonra.
[3] Bendito aquele que abre seus lábios bendizendo e louvando a Deus.
[4] Maldito é aquele diante do Senhor todos os dias de sua vida, que abre os lábios para amaldiçoar e abusar.
[5] Bendito aquele que bendiz todas as obras do Senhor.
[6] Maldito aquele que trouxer desonra à criação do Senhor.
[7] Bendito aquele que olhar para baixo e levantar os que caíram.
[8] Maldito aquele que espera ansioso pela destruição daquilo que não é seu.
[9] Bendito aquele que mantém os princípios de seus pais, construídos com firmeza desde o começo.
[10] Maldito aquele que perverte as leis de seus antepassados.
[11] Bendito aquele que implanta paz e amor.
[12] Maldito aquele que perturba aqueles que amam a seu próximo.
[13] Bendito aquele que fala com humildade e coração a todos.
[Capítulo 52]
Não devemos dizer: “Nosso pai está diante de Deus, ele tomará nossa defesa no dia do julgamento”, pois que nenhum pai poderá ajudar a seu filho, nem o filho a seu pai.
[1] E agora, meus filhos, não digais: “Nosso pai está diante de Deus, rezando pelos nossos pecados”, pois não há quem possa ajudar aquele que pecou.
[2] Vistes como escrevi todas as obras de cada homem, antes de sua criação, tudo que é feito no meio dos homens, em todos os tempos, e ninguém pode relatar meus manuscritos, porque o Senhor vê toda a imaginação dos homens, como eles são vaidosos, como mentem em seus corações.
[3] E agora, meus filhos, guardai bem todas as palavras de vosso pai, que vos fala para que não vos arrependais, dizendo: “Por que nosso pai não nos disse?”
[Capítulo 53]
Enoque instrui seus filhos para que passem seus livros a outros.
[1] Naquele tempo, não entendendo isto, deixai que esses livros que vos deixei sejam a herança de vossa paz.
[2] Dai-os a todos aqueles que os quiserem, e ensinai-os a eles, para que vejam as grandes e maravilhosas obras do Senhor.
[Capítulo 54]
Aqui Enoque diz aos filhos, entre lágrimas: “Meus filhos, a hora de eu voltar ao céu se aproxima: olhai, os anjos estão diante de mim.
[1] Meus filhos, olhai, o dia do meu prazo chegou.
[2] Pois os anjos estão diante de mim e apressam-me para que me aparte de vós; estão diante de mim aqui na terra, esperando pelo cumprimento do que lhes foi dito.
[3] Assim, amanhã irei para o céu, à suprema Jerusalém, para a minha eterna herança.
[4] Por isso, peço que só deis prazer diante da face do Senhor.
[Capítulo 55]
Matusalém pede a bênção de seu pai, e que ele possa fazer comida para que Enoque coma.
[1] Respondendo a seu pai Enoque, diz Matusalém: “Que é agradável a teus olhos, pai, que possa eu fazer-te, para que abençoes nossa casa e teus filhos, e para que tua família seja glorificada por teu intermédio, para que depois disso possas apartar-te de nós, como disse o Senhor?”
[2] Enoque respondeu a seu filho Matusalém e disse: “Ouve, filho, desde o dia em que o Senhor ungiu-me com o bálsamo de sua glória, para mim não há mais comida, e minh’alma não se lembra mais das alegrias terrenas, nem tampouco desejo nada que seja terreno.
[Capítulo 56]
Enoque pede a seu filho Matusalém que reúna todos os seus irmãos.
[1] Meu filho Matusalém, reúne todos os teus irmãos e todos os de tua casa e os anciãos, que devo falar-lhes e partir, como foi planejado para mim.
[2] E Matusalém apressou-se a reunir seus irmãos Regim, Riman, Uchan, Chermion, Gaidad e os anciãos, para que fossem ter com Enoque; e ele abençoou-os, dizendo:
[Capítulo 57]
O ensinamento de Enoque a seus filhos.
[1] Ouvi-me hoje, meus filhos.
[2] Naqueles dias, quando o Senhor desceu à terra por causa de Adão, e visitou todas as suas criaturas, as quais ele mesmo criou, antes de Adão, o Senhor chamou todos os animais da terra, todos os répteis, e todos os pássaros que voam no ar, e trouxe-os diante da face do nosso pai Adão.
[3] E Adão deu nome a todas as coisas vivas da terra.
[4] E o Senhor fê-lo o governante de tudo, e submeteu todas as coisas a ele, e os fez embotados e estúpidos, para que fossem comandados pelo homem, sujeitos e obedientes a ele.
[5] Assim também o Senhor criou cada homem senhor de todas as suas possessões.
[6] O Senhor não julgará uma única alma de animal por causa do homem, mas condena as almas dos homens por causa de seus animais neste mundo; pois o homem tem um lugar especial.
[7] E como cada alma do homem é contada em números, da mesma forma os animais não perecerão, nem todas as almas dos animais que o Senhor criou, até o grande julgamento, e eles irão acusar o homem, se ele não cuidar bem deles.
[Capítulo 58]
De como o Senhor chama Enoque, e o povo resolve beijá-lo em um lugar chamado Achuzan.
[1] Quando Enoque falou essas palavras para seus filhos, todas as pessoas que moravam longe e perto dali ouviram falar que o Senhor estava chamando Enoque, e decidiram ir e dar-lhe um beijo, e dois mil homens se reuniram e foram a Achuzan, onde estavam Enoque e seus filhos.
[2] E os anciãos e toda a assembléia foram até lá e reverenciaram e beijaram Enoque dizendo:
[3] “Nosso pai Enoque, que possas tu ser abençoado pelo Senhor, aquele que governa eternamente, e agora abençoe teus filhos e todo o povo, para que possamos ser glorificados hoje diante de tua face.
[4] “Pois tu serás glorificado diante da face do Senhor para todo o sempre, desde que o Senhor te escolheu entre todos os homens na terra, e designoute para que escrevesses sobre toda a sua criação, visível e invisível, e designou-te como o redentor de todos os pecados do mundo, e aquele que ajuda os de sua casa.”
[Capítulo 59]
As instruções de Enoque a seus filhos.
[1] E Enoque respondeu a todos dizendo: “Ouvi, meus filhos, antes de todas as criaturas terem sido criadas, o Senhor criou o visível e o invisível.
[2] “E Ele criou o homem à sua imagem e semelhança, e pôs nele olhos para ver, ouvidos para ouvir, coração para refletir, e intelecto para deliberar.
[3] “E o Senhor viu as obras do homem, e criou todas as suas criaturas, e dividiu o tempo, e do tempo ele fixou os anos, e dos anos os meses, e dos meses Ele fixou os dias, e dos dias os sete.
[4] “E deles, designou as horas, mediu-as com exatidão, para que o homem possa refletir sobre o tempo e contar os anos, meses e horas, suas alternâncias, início e fim, e para que ele possa contar sua própria vida, desde o início até a morte, e refletir sobre seu pecado e ver se sua obra foi boa ou má; porque nenhuma obra ficará oculta diante do Senhor, e todos os homens deverão conhecer suas obras e jamais transgredir seus mandamentos, e manter meus manuscritos de geração para geração.
[5] “Quando as criações visíveis e invisíveis, tais como o Senhor as criou, acabarem e cada homem for para o grande julgamento, e os tempos perecerem e os anos, por isso mesmo, não mais existirem, e nem mais os meses, os dias, as horas, pois que ficarão todos juntos e não poderão ser contados.
[6] “Haverá um éon, e todos os justos que escaparem do grande julgamento do Senhor serão punidos em um grande éon, pois para os justos o grande éon começará, e viverão eternamente, e entre eles não haverá trabalho braçal, doença, humilhação, ansiedade, necessidade, violência, noite, trevas, mas sim a grande luz.
[7] “E eles terão uma grande e indestrutível muralha, e um brilhante e incorruptível paraíso, pois que todas as coisas corruptíveis passarão e haverá vida eterna.”
[Capítulo 60]
O Senhor enviou trevas à terra, que cobriram o povo e Enoque, e ele foi levado às alturas, e a luz tornou ao céu outra vez.
[1] Quando Enoque falou ao povo, o Senhor enviou as trevas para a terra, e as trevas se estabeleceram, cobrindo aqueles homens que ali se encontravam falando com Enoque, e Enoque foi levado para o céu mais elevado, onde se encontra o Senhor, que o recebeu e o colocou diante de sua face, e as trevas deixaram a terra, e a luz voltou novamente.
[2] Mas o povo viu e não entendeu como Enoque foi levado para glorificar a Deus, e eles encontraram um pergaminho enrolado no qual estava escrito: “O Deus invisível”, e todos foram para casa.
[Capítulo 61]
[1] Enoque havia nascido no sexto dia do mês Tsivan, e viveu trezentos e sessenta e cinco anos.
[2] Ele foi levado ao Céu no primeiro dia do mês Tsivan e permaneceu ali sessenta dias.
[3] Ele anotou todos esses sinais de toda a criação, criada pelo Senhor, e escreveu trezentos e sessenta e seis livros, entregou-os a seus filhos e permaneceu na terra trinta dias, sendo novamente levado para o Céu no sexto dia do mês Tsivan, no dia e na hora exata em que nascera.
[4] Durante sua vida, o homem vê sua própria natureza como algo velado, obscuro, e assim também o são sua concepção, nascimento e sua despedida desta vida.
[5] Na mesma hora em que ele é concebido, ele nasce, naquela mesma hora também morre.
[6] Matusalém e seus irmãos, todos filhos de Enoque, foram e ergueram um altar na praça chamada Achuzan, donde Enoque fora levado ao céu.
[7] E todas as pessoas foram convocadas, levaram bois sacrificiais e os sacrificaram diante do Senhor.
[8] Todas as pessoas, incluindo os anciãos, e toda a assembléia vieram à festa, trazendo presentes aos filhos de Enoque.
[9] E deram uma grande festa, regozijando-se e festejando durante três dias, louvando a Deus que lhes havia enviado um sinal através de Enoque, que conseguira a graça perante a Deus. Todas as pessoas se regozijaram, pois que este sinal poderia ser transmitido a seus filhos, de geração para geração, e de era para a era.
[10] Amém.
Livro dos Segredos de Enoque

Veja também:
1) O Primeiro Livro de Adão e Eva→
2) O Segundo Livro de Adão e Eva→
3) O Livro de Enoque→
4) Livro de Melquisedeque (a criação do universo)→
6) O Evangelho de Tomé→
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